sábado, 16 de abril de 2016

Cinema Brasileiro



Apresentação

Em quatro olhares o curso pretende abordar a relação da produção cinematográfica brasileira com o contexto histórico. Começaremos pelos anos imediatamente anteriores, pela movida cultural pré-golpe. Depois vamos falar dos anos de desgoverno e ditadura no país, com um cinema subjugado à censura e à repressão. No final dos anos 1970 chega a abertura política e o cinema se retomou e se reinventou frente ao novo cenário nacional. Por fim falaremos dos anos de democracia, quando o cinema brasileiro voltou os olhos para o passado para contar a história do país.
Eram os anos 1960, um grupo de jovens intelectuais influenciados pelo Neo Realismo Italiano e pela Nouvelle Vague Francesa lança um movimento cinematográfico chamado Cinema Novo e através de uma radiografia social tenta mostrar ao Brasil do Sudeste, do litoral, um outro país desconhecido, um país da seca do sertão nordestino, de fome e miséria.


Veio o Golpe e com ele a repressão e a censura. O cinema sob os auspícios do governo fazia comédias e filmes populares. O Estado determina: isto é popular e o cinema segue, sem questionar.
Começa a abertura política, lenta e gradual. O cinema vai se reinventando, agora com o peso forte da televisão que foi alçada à voz oficial da nação pelo Estado. O cinema era menor, ficou para traz e teve de trilhar um caminho bastante árduo.
Vem a democracia e a sociedade se reinventa, o país volta a ser do povo brasileiro e o cinema, assim como o povo é. Novos cineastas, novos modos de produção e um olhar atento ao passado recente, tão duro e ao mesmo tempo tão inexplorado.

Objetivos

O curso CINEMA BRASILEIRO NOS ANOS DE CHUMBO, ministrado por Flávia Seligman, vai apresentar o cinema brasileiro e seus cenários contextuais antes, durante e depois da Ditadura Militar. O objetivo será capacitar ao aluno compreender e fazer relação entre os filmes feitos e seu contexto sócio histórico, além de proporcionar uma leitura aprofundada dos filmes representativos do período.

ATIVIDADE ABERTA A QUALQUER INTERESSADO.
NÃO É NECESSÁRIO NENHUM PRÉ-REQUISITO DE FORMAÇÃO E/OU ATUAÇÃO NA ÁREA AUDIOVISUAL.


Conteúdo programático

Aula 1
  • O cinema se rebela. Influenciado diretamente pela Nouvelle Vague Francesa e pelo Neorrealismo Italiano, o cinema brasileiro vê lançar o Cinema Novo, um dos movimentos mais importantes da cultura do país que trouxe para as telas nacionais a questão política e sociológica do país. Filmes:  Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, 1962); Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha, 1964); Maioria Absoluta (Leon Hirszman, 1964); Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967).
  • O cinema se adapta. As tendências estéticas do cinema brasileiro nos anos 1970, as comédias populares, os filmes históricos, o cinema erótico e o filme policial.

Aula 2
  • O cinema se retoma. Com a abertura política e a volta dos direitos civis o cinema brasileiro recomeça a se constituir como uma arte independente e relacionada com o mundo à sua volta. Filme: Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho, 1984).
  • O cinema se retrata. Após a redemocratização do país a produção audiovisual brasileira transita entre o cinema e a televisão, criando novas plataformas. Nesse formato proliferam iniciativas de projetos que buscam, retratam e revisitam o passado recente. Filmes: O Que É Isso Companheiro (Bruno Barreto, 1997); O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Cao Hamburger).

     Ministrante: Profª Dra. Flávia Seligman

    Bacharel em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Famecos / PUC RS (1986). Mestre (1990) e Doutora (2000) em Cinema pela ECA/USP. Professora do Curso de Realização Audiovisual e do Curso de Jornalismo da Unisinos - RS, nas áreas de Estética, Cinema Brasileiro, Televisão e Produção. Professora de Cinema e de Semiótica, dos Cursos de Design e Jornalismo da ESPM - SUL em Porto Alegre.
    Diretora, produtora e roteirista, realizou os filmes de curta-metragem Prazer em Conhecê-la (1987); Mazel Tov (1990); O Caso do Linguiceiro (1995); Um Dia no Mercado (1998) e A Noite do Senhor Lanari (2003); e os documentários de média-metragem O Povo do Livro (2001); Ilhas Urbanas (2005) e Certos Olhares (2008).
    Vencedora do Edital de desenvolvimento de roteiro de longa-metragem de ficção SAV / MINC com o projeto Duas Iguais (2009), em fase de pré-produção. Desenvolveu a pesquisa "Globo Filmes para um Globo Público" junto ao Núcleo de Pesquisas e Publicações da ESPM–Sul. Dirigiu os curtas metragens O Último Chocolate (2013) e O Fusca e a Dona Hortência (2014), selecionados pelo projeto Histórias Curtas, da RBS TV, com exibições na TV aberta e na TV paga (Canal Brasil).



    Curso
    CINEMA BRASILEIRO NOS ANOS DE CHUMBO
    de Flávia Seligman

    DATAS: 23 e 24 / Abril (sábado e domingo)

    HORÁRIO: 9h30 às 12h30

    DURAÇÃO: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

    LOCAL: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
    (Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

    INVESTIMENTO: 
    R$ 80,00
    (Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)
    FORMAS DE PAGAMENTO: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

    MATERIAL: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

    INFORMAÇÕES: 
    cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714

    INSCRIÇÕES:

    REALIZAÇÃO

    PATROCÍNIO

    PARCERIA



     

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