terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

        Depois do Baile
...um pedaço de papel
E, as palavras
sem cerimônia e mel
fora do inferno de Dante
quase que antissentimentais
descasaram a princesa
de seu Lancelot amante
sob o canto cinza das sílabas
Zé Augustho

Ramon Casas Carbó (1866-1932)
"Après le bal"(Depois do baile)sem data
Montserrat(Catalunha)
Museo de La Abadía

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012




             Para Madame Ginoux
Quero fazer de novo
um poema de poesias
solitário e selvagem
mui-aquém das alegrias
e-até zombar das palavras
E, fazer de novo
estremecer as livrarias

Zé Augustho Marques
(Vincent van Gogh(1853-1890)
"L'Arlesianne"(Madame Ginoux)
Óleo sobre juta 93X74cm
Paris Musée d'Orsay)

domingo, 26 de fevereiro de 2012



agora é  a hora
dos corvos
da sombra!
e  do grito!
Meu outro eu
está bicando
em mim
e meu degredo na hora do não sim!
Do meu segredo
na antiora do mergulho
meu  medo...
Preciso estar extinto
do meu arremedo
de fora
para dentro
Eu grito.

Zé Augustho Marques
(foto Ieda Cabrera)

sábado, 25 de fevereiro de 2012




                      Ausência
Ainda vou estar
livre do sono
quase d'água
de água quase
E, dessa ausência de mim
aconcheada em meus braços
e mãos doloridas
mas ausentes
como fogo de festim
alegrias sem cor e descrentes
da fé nas asas que não vôam
Querubim!
Que choro, rio e invento
essa nova saudade do nada
com cara limpa ao vento
gosto de soro e de lamento
arrancada pra dentro de mim
descolorida e estridente
espelho d'água no escremento
procurando vida de puleiro
ao dispenseiro da ferida
carregado pela ópera de um formigueiro
E, por fim parar no UTI
ouvindo do céu das janelas
o grito livre de um bemtevi!
Zé Augustho Marques


(foto Ieda Cabrera)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Arte Cerâmica - pote-livreiro - Senir Sander

Boa noiite, caro poeta maior!!!

Dá-lhes neles!..., rssss.

Beleza, a cambada do Planalto merece.

Agora, olho vivo, com o tempo, eles vão se 'aprochegando', rsss.

Gostei, muito obrigado, Zé, vou repassar para o nosso pessoal.

Um abraço, bons tempos,

João Gomes

                       "Os Fichalimpa"



Olá, seus parentes pobres

dos diabólicos vampiros nobres

novos políticos velhos de proveta

filhos daquela de saia e blusa

 e das punhetas de punheta...

Pois, eu vou lhes dizer à trote

que a caça a raposa

com  o corpo de coiote

Já começou e não terminou.

E, que uma parte

que não se reparte

da justiça do Brasil

Já, já, já se acordou!

Contra esse meretríssimo horror

que vocês aboletaram

pela força de um voto de favor       

com alegorias de coleira e cinismo

sem rosto e mem retrato

pra esconder do povo o cinismo

e sua comida do prato

do pobre brasileiro trabalhador

Pois só esperem por não esperar

que o carimbo de bom brasileiro

Já vai lhes -  na bunda, carimbar

E acabar de vez - "oxalá"

Com esse baita puteiro

mui sujo e particular...



Zé Augustho Marques

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


                              Surpresa!



solta A boca vágina

espalha de prazer

os líquidos frios...

Todos alfaiatados - página

de filhas bocas, pétalas

invisíveis no vidro d'água



zé augustho marques
(foto Ieda Cabrera)



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sesentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
Eque pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono dequem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar esofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
Eque se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

(Arte de Agenda-Zé Augustho)





Amostra sem valor



Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
   Para refletir

Os grandes artistas Eliseu Visconti, Lucílio de Albuquerque, Carlos Oswald (um dos pais da gravura nacional), Belmiro de Almeida e Georgina de Albuquerque foram grandes "impressionistas", que por meio da imaterialidade da luz e suas buscas de efeitos cromáticos modernos, não se excluiram da ideia de acabamento e composições acadêmicas de sua época. Quando já em seus tempos, havia uma grande discussão quase "pueril" e "imperativas" sobre os "realismos", a transformação bombástica do "Cubismo"; o "Neoclássico"; o hermético "Abstracionismo"; o fim do "Dadaísmo", a nova linguagem e provocadora do "Surrealismo" e, até por que não, o "parangorelismo" brasileiro. Portanto, todas vertentes foram grandiosas e históricas, assim como esses grandes artistas nacionais, que ainda serão reconhecidos mundialmente. Guardem bem a história desses pintores.

Zé Augustho Marques

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A Praia do Elefante Condoreiro

arte Zé Augustho
            De mãos no bolso

... Com suas suiças à la inglesas e vulto esquálido, desajeitadaço, lá estava ele com seu olhar malicioso, todo especial que as senhoras da festa prestavam muita atenção e, também em suas calças de bolsos largos que escondiam sempre uma das mãos, em movimentos também maliciosos, entreescondidos, sobre as partes... Até subir.



Zé Augustho Marques



Todo o existente nasce sem razão, prolonga-se por fraqueza e morre por encontro imprevisto.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Karl Marx (1818-1883)

Karl Marx (1818-1883)

...Sua idéias ainda são atuais! 

-Nasceu em Trier, província prussiana. Viveu na Bélgica e  morreu em Londres. Com a ajuda financeira de F. Engels em boa parte de seu tempo de vida, escreveu uma das obras literárias mais contundentes contra o sistema capitalista: "O Capital". O mundo hoje debate a incursão para um novo planeta com o tema "Capitalismo Verde". Será?

(texto e desenho Zé Augustho Marques)

sábado, 18 de fevereiro de 2012




Sobre o regaço tinha
o livro bem aberto;
tocavam em meu rosto
seus caracóis negros.
Não víamos as letras
nem um nem outro, creio;
mas guardávamos ambos
fundo silêncio.
Por quanto tempo? Nem então
pude sabê-lo.
Sei só que não se ouvia mais que o alento,
que apressado escapava
dos lábios secos.
Só sei que nos voltámos
os dois ao mesmo tempo,
os olhos encontraram-se
e ressoou um beijo

Dica de Leitura

O Real e seu Duplo"

Ensaio sobre a ilusão de Clément Rosset.

É uma viagem filosófica até a  "não natureza" dos sentidos clássicos que este termo nos faz pensar. Um chamamento invocante às filosofias artificiais de Sófocles, Empédocles, Lucrécio, Hobbes, Maquiavel e por que não, até chegar ao pensamento poético de Shakeaspeare e Apolinaire, Molière, e ao do pintor Vermeer, todos expressando a atmosfera de viver em "seu duplo"...                                                         

...Uma ilusão ao desejo...



Editora José Olympio

Tradução José Thomaz Brum





Zé Augustho Marques

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Foto: Matisse fotografado por Cartier Bresson


O que sobra depois que
que se vai
a força dos cinzéis?
A obra?
Ou as críticas brandas
e os elogios cruéis?
O que sobra?
Quando não mais interessam
o nome dos coronéis
quando proeminente
é a solidão da flor;
que sobra?
O amor?
A beleza?
Depois que pele dobra
e a coluna curva
e estão todas as cartas à mesa?
sobra por acaso algum ocaso
além da noite escura.
sobram os sorrisos com candura
condescendência dos que não viveram
sobra a embriaguez da vida por inteiro.

Afinal,
O que é vinho
senão o tempo
matando a uva?



--
Postado por ana kosby no alma ao avesso em 2/09/2012 11:41:00 AM

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012




Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
João Gomes da Silveira
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C R Ô N I C A


SER OU NÃO SER CONSERVADOR
Já impliquei bastante com pessoas que apenas imaginava serem conservadoras. Eram as eleitas da minha aversão. Bobagem minha, porque os conceitos de ser ou não ser‘conservador’ têm lá sua muito razoável relatividade.
O meu estrabismo, na questão, era de tal modo confuso que, por dá cá aquela palha, entendia eu que todo militar ou religioso, homem ou mulher, era um baita sujeito chato. Em uma única palavra, conservador. Ou, por outra, cafona e fora das minhas cogitações.
Também não era bem assim. Estaria sendo injusto com esses dois segmentos? Com a rolança dos tempos, devagar, fui enxergando o ideário de um ou outro militar, sem contar com infindável lista de religiosos que também me agradaram e ainda agradam, até hoje.
Por exemplo, um pernambucano e comunista de carteirinha, ex-sargento do Exército, Gregório Bezerra, ingressou muito fácil no meu gosto. Peguei-lhe o autógrafo, nos dois volumes dos seus livros autobiográficos, em uma livraria de Fortaleza, quando o mártir da ditadura e herói do povo brasileiro regressou de longo exílio, na então União Soviética.
Que agora me lembre, outro militar das Forças Armadas por quem peguei um xodó de simpatia foi o ex-capitão Carlos Lamarca, que se fez guerrilheiro e foi morto por uma chuva de balas policial-militares, enquanto dormitava bem à sombra de uma árvore, no sertão da Bahia. Observem que ambos eram ex-, e não mais fardados da ativa.
Na seara dos nomes de religiosos, não por se terem tornado notáveis, além de muitos que considero santas almas, ainda em vida, só para citar brasileiros, amei de verdade os ‘modus operandi’ do Frei Caneca, no Recife, do Padre Mororó, em Fortaleza, do Padre Cícero Romão Batista, em Juazeiro do Norte, da Irmã Dulce, na Bahia, e de outro cearense, o cardeal Dom Hélder Câmara, no Brasil inteiro.
Lendo e ouvindo falar dessas figuras citadas, foi quando me dei por mim. E vi que também eu era possuidor da minha fatia de conservadorismo, uma vez que as insignes figuras acima nomeadas foram, por princípio, de castas conservadoras e mesmo reacionárias. Ora, assim, eu, um reacionário? Pois confesso que não vou com nenhum tipo de reacionário.
Apreciar personalidades às quais devotara azedume, em seus mananciais, seria ainda uma forma de tornar-me, ou continuar sendo, um tipinho conservador, retrógrado e reacionário. ‘Vade retro’! Ah, mas se eu implicava tanto com o simples conservadorismo de alguém, o que não dizer do quadradismo de um gajo reacionário?
Em política, sem exagero algum, considero o reacionário uma aberração da Natureza. A Natureza, que muda sem cessar, não os merece. Ou a gente muda, ou vira fóssil da pior qualidade. Dom Hélder, tal como o meu velho tio Teodoro, iniciou-se como fascista. Foi um membro “galinha verde” do Integralismo de Plínio Salgado. Mas mudou, que burro ele não era. Já o meu tio, coitado, morreu reacionário, ao menos conservador, lá isto ele foi, até se finar.
Citei poucas cabeças de gente da minha simpatia, nas duas aludidas áreas – até que eu cavaria mais –, porque senão vou dar com uma infinidade de bons quengos da caserna e do clero. Não estou esquecido de que Tiradentes era um alferes.
Aqui me fica uma lição: é preciso conviver inclusive com os bois da manada contrária. O Universo é múltiplo e a diversidade, indispensável. Diria mais: indisfarçável.
Fort., 14/02/2012.








 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para refletir e agir - de Leonardo Boff

12/02/2012
Uma das mesas de debates importante no Forum Social Temático em Porto Alegre, da qual me coube participar, foi escutar os testemunhos vivos dos Indignados da Espanha, de Londres, do Egito e dos USA. O que me deixou muito impressionado foi a seriedade dos discursos, longe do viés anárquico dos anos 60 do século passado com suas muitas “parolle”. O tema central era “democracia já”. Revindicava-se uma outra democracia, bem diferente desta a que estamos acostumados, que é mais farsa do que realidade. Querem uma democracia que se constrói a partir da rua e das praças, o lugar do poder originário. Uma democracia que vem de baixo, articulada organicamente com o povo, transparente em seus procedimentos e não mais corroída pela corrupção. Esta democracia, de saida, se caracteriza por vincular justiça social com justiça ecológica.
Curiosamente, os indignados, os “occupiers” e os da Primavera Árabe não se remeteram ao clássico discurso das esquerdas, nem sequer aos sonhos das várias edições do Forum Social Mundial. Encontramo-nos num outro tempo e surgiu uma nova sensibilidade. Postula-se outro modo de ser cidadão, incluindo poderosamente as mulheres antes feitas invisíveis, cidadãos com direitos, com participação, com relações horizontais e transversais facilitadas pelas redes sociais, pelo celular, pelo twitter e pelos facebooks. Temos a ver com uma verdadeira revolução. Antes as relações se organizavam de forma vertical, de cima para baixo. Agora é de forma horizontal, para os lados, na imediatez da comunicação à velocidade da luz. Este modo representa o tempo novo que estamos vivendo, da informação, da descoberta do valor da subjetividade, não aquela da modernidade, encapsulada em si mesma, mas da subjetividade relacional, da emergência de uma consciência de espécie que se descobre dentro da mesma e única Casa Comum, Casa, em chamas ou ruindo pela excessiva pilhagem praticada pelo nosso sistema de produção e consumo.
Essa sensibilidade não tolera mais os métodos do sistema de superar a crise econômica e derivadas, sanando os bancos com o dinheiro dos cidadãos, impondo severa austeridade fiscal, a desmontagem da seguridade social, o achatamento dos salários, o corte dos investimentos no pressuposto ilusório de que desta forma se reconquista a confiança dos mercados e se reanima a economia. Tal concepção é feita dogma e ai se ouve o estúpido bordão:“TINA: there is no alternative”, não há alternativa. Os sacrílegos sumos sacerdotes da trindade nada santa do FMI, da União Européia e do Banco Central Europeu deram um golpe financeiro na Grécia e na Itália e puseram lá seus acólitos como gestores da crise, sem passar pelo rito democrático. Tudo é visto e decidido pela ótica exclusiva do econômico, rebaixando o social e o sofrimento coletivo desnecessário, o desespero das famílias e a indignação dos jovens por não conseguirem trabalho. Tudo pode desembocar numa crise com consequências dramáticas.
Paul Krugmann, prêmio Nobel de economia, passou uns dias na Islândia para estudar a forma como esse pequeno pais ártico saiu de sua crise avassaladora. Seguiram o caminho correto que outros deveriam também ter seguido: deixaram os bancos quebrar, puseram na cadeia os banqueiros e especuladores que praticaram falcatruas, reescreveram a constituição, garantiram a seguridade social para evitar uma derrocada generalizada e conseguiram criar empregos. Consequência: o pais saiu do atoleiro e é um dos que mais cresce nos paises nórticos. O caminho islandês foi silenciado pela midia mundial de temor de que servisse de exemplo para os demais países. E a assim a carruagem, com medidas equivocadas mas coerentes com o sistema, corre célere rumo a um precipício.
Contra esse curso previsível se opõem os indignados. Querem um outro mundo mais amigo da vida e respeitoso da natureza. Talvez a Islândia servirá de inspiração. Para onde irão? Quem sabe? Seguramente não na direção dos modelos do passado, já exauridos. Irão na direção daquilo que falava Paulo Freire “do inédito viável” que nascerá desse novo imaginário. Ele se expressa, sem violência, dentro de um espírito democrático-participativo, com muito diálogo e trocas enriquecedoras. De todas as formas o mundo nunca será como antes, muito menos como os capitalistas gostariam que ficasse.


Dica de Leitura

(desenho-Zé Augustho -aquarela)

Livro: "A Morte de Ivàn Ilitch" de Lev Tolstói
(1828-1910)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Prezado poeta Zé Augustho Marques!

Recebi, ontem, 13, o seu excelente jornal.

Fiquei fora, boa parte do dia, por isso ainda não lhe dera ciência.

Uma beleza de impressão e de contéudo.

Muito, mas muito - mesmo - grato pelo mino de você ter posto o nosso modesto "Dicionário de Expressões Populares da Língua Portuguesa" nas páginas do seu ilustradíssimo FALA BRASIL.

Este, sim, é jornal
também 'on-line' que recomendo a todos.

Um abraço, camarada editor e crítico das (boas) artes.

Você é um Mecenas, além de
divulgador das artes e da cultura brasileiras, em particular das que fervem aí nos Pampas.

Um grande abraço,

João Gomes da Silveira

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

I look to you Withney

As I lay me down
Heaven hear me now
I'm lost without a cause
After giving it my all

Winter storms have come
And darkened my sun
After all that I've been through
Who on earth can I turn to?
 
I look to you
I look to you
After all my strength is gone
In you I can be strong
 
I look to you
I look to you (yeah)
And when melodies are gone
In you I hear a song I look to you
 
About to lose my breath
There's no more fighting left
Sinking to rise no more
Searching for that open door
 
And every road that I've taken
Led to my regret
And I don't know if I'm gonna make it
Nothing to do but lift my head
 
I look to you
I look to you (yeah)
And when all my strength is gone
In you I can be strong
 
I look to you
I look to you (oh yeah)
And when melodies are gone
In you I hear a song
I look to you

(Coro)
My love is all broken (oh Lord)
My walls have come (coming down on me)
crumbling down on me (All the rain is falling)
The rain is falling (hoo!)
Defeat is calling (set me free)
I need you to set me free

Take me far away from the battle
I need you to shine on me
 

Eu Olho Para Você

Ao me deitar
O céu me ouve agora
Estou perdida sem uma causa
Depois de me dar por inteira

As tempestades de Inverno vieram
E escureceram meu sol
Depois de tudo que passei
A quem posso me voltar?
 
Eu olho para você
Eu olho para você
Depois que toda a minha força se foi
Em você posso ser forte
 
Eu olho para você
Eu olho para você
E quando as melodias se foram
Em você ouço uma canção, eu olho você
 
Depois que perco a minha respiração
Não há mais porque lutar
Não há mais pensamentos de se reerguer
Procurando por aquela porta aberta
 
E cada caminho que tomei
Levou-me ao desgosto
E não sei se irei fazer
Nada a fazer senão levantar a minha cabeça
 
Eu olho para você
Eu olho para você
Depois que toda a minha força se foi
Em você posso ser forte
 
Eu olho para você
Eu olho para você
E quando as melodias se foram
Em você ouço uma canção
Eu olho para você
 
(Coro)
O meu amor foi todo destruído (oh Senhor)
As minhas paredes caíram sobre mim
Caindo sobre mim (a chuva está caindo)
 
A chuva está caindo
A derrota está chamando (me liberte)
Preciso de você para me libertar
Leve-me para longe da batalha
Preciso de você para brilhar sobre mim
 



(desenho Zé Augustho)

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...
Zé,
obrigado pelo recado e obrigado pelo comentario no Fala Brasil,

ars
(Affonso Romano de Sant'Anna)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

                      Para ler e ouvir seus outros Eus

"Aprender a viver" do filósofo francês Luc Ferry, que esteve aqui em Porto Alegre no "Fronteiras do Pensamento", ano rerretrasado, tem o objetivo de fazê-lo um novo leitor do sentido crítico e prático de filosofar consigo mesmo nesse mundo. Aqui e já. O livro nos dá uma idéia de praticidade de como  cidadãos desse planeta, devemos agir, pensando e vivendo melhor com automia reflexiva, livre das angústias e também livre das notas promissórias que o ser humano valida com a religião, ou pela fé; por conta própria; às vezes mais difícil mas mais autêntica na superação das dívidas consigo próprio e outros...

Zé Augustho Marques
ZÉ OI,
 
RECEBI O JORNAL,
 
VALEU.......E BOM CARNAVALLLLLLLLLL
 
Fernando Baril
pela edição 147
e pelo belo envelope poético
um baita abração,
 
 Urbim
 
 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Jornal Fala Brasil

Dia 08/02/2012

O jornal Fala Brasil foi agraciado como o melhor Jornal Cultural de 2011 da Grande Porto Alegre. O prêmio referido deu-se pelo empenho maior dos Guerrilheiros da Cultura (Academia de  Letras e Artes de Porto Alegre) sob a direção de Benedito M. Saldanha. Na ocasião aconteceu o já reconhecido "Sarau com Ritmo" em homenagem a Caetano Veloso com expressiva presença da casse cultural na sala C2 da Casa de Cultura Mário Quintana, 2ºandar.

Zé Augustho Marques
(foto Zé Augustho)



Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.

Texto


 
Como fazer para "parar de vomitar o mundo"?
Esta falta de Humanidade, dói a alma...
Isentar-se de tudo?
Emudecer diante de tudo?
Ser doce ou fel?
Simpatia ou arrogância?
Fiel ou interesseiro?

Amigos ou dinheiro?

(...)
Há escolhas... Atitudes!
Não posso perder as esperanças...
Preciso respirar... me inspirar!
Preciso controlar este suco gástrico,
que devora-me a cada momento.
Quero estar em paz, até diante do opositor.
Mesmo que este tente me devorar.

(...)
Vencer não é só um momento.
Vencer é estar consciente
de todos os momentos.
Por que tudo é uma trajetória.
E a pretensão final não é nossa.

Mas de tudo aquilo que nos faz

estar aqui fazendo parte deste todo...

(...)

Vou parar de “vomitar o mundo”!

Porque sei quem sou...

(...)

Uma partícula de luz, ilumina o caminho...

E várias, juntas!?... Somam muitas...

Ainda há vida na terra...

(...)

Parei de “vomitar o mundo”!
Porque sou capaz de ver, várias partículas de luzes...

Ju Vieira