sexta-feira, 18 de março de 2016

REZA


 

 

Ave marinha

cheia de plástico

teu senhor está conosco

fugido dos mares

assim da terra

como do céu...

O teu peixe

de cada dia

se esvai hoje...

Perdoai nossas oferendas

assim como a nós perdoamos

por nossas mentes cheias de pús.

Santa avezinha

afilhada das águas

rogai por nós

teus predadores

que não pensamos ainda

que o mar tem vida

e que um dia finda

nossa pressa de ter...

Em não reparar

que és tão linda

poesia que vai morrer...


Comentários:


É isso Zé...
Pobre de nós
Que não estamos sós
Mas é como estamos
Pois as aves matamos
 Beijo
Borghetti e família
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   Zé, que coisa, cara! Tocante. Pra quem vive na beira mar e vê estas coisas acontecendo, isso é muito tocante, meu velho. Obrigado por compartilhar tua sensibilidade.
   Grande abraço, amigo! Passarei adiante.
   Jorge Herrmann
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