quarta-feira, 23 de março de 2016

SP-Arte


 
Belas Artes e SP-Arte divulgam lista com as performances selecionadas para serem apresentadas na feira

O sucesso da parceria inédita entre o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e a SP-Arte, que aconteceu no ano passado, incentivou a ampliar o setor Performance para a edição da feira desse ano. Desta vez, o projeto, que em 2015 foi protagonizado por alunos recém-formados da instituição, foi aberto para artistas de todo Brasil.
Para participar do processo de seleção, os artistas inscreveram suas performances por e-mail e os trabalhos foram avaliados por uma comissão julgadora composta por Cauê Alves, professor e coordenador do curso de Artes Visuais da Belas Artes; Fernanda Feitosa, diretora e idealizadora da SP-Arte e Solange Farkas, curadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil, responsável por trazer ao Brasil nomes de peso da arte internacional como Bill Viola, Gary Hill, Peter Greenaway e Olafur Eliasson.
No total, foram inscritas mais de 100 performances de artistas de todo o Brasil e de países como Colômbia, Dinamarca, Portugal e Austrália. Foram selecionadas dez, que serão apresentadas em todos os dias do evento.
Após o término da SP-Arte, serão escolhidos os dois melhores trabalhos que receberão prêmios – o primeiro lugar vai ganhar dois meses de residência artística (no período de 8 agosto a 3 outubro) no Instituto Sacatar, que é membro da Res Artis, the worldwide network of artist residencies e da Alliance of Artists Communities, localizado na Ilha de Itaparica, na Bahia. O segundo lugar receberá uma bolsa de estudos para um curso de pós-graduação no Centro Universitário de São Paulo.
A Belas Artes completou 90 anos em setembro passado e o curso de Artes Visuais foi o primeiro a ser oferecido pela instituição, logo em 1925. O curso acompanhou as mudanças constantes de sua área e hoje aborda a arte contemporânea, as novas linguagens e suportes que surgiram nos últimos anos, como multimeios, performance, vídeo-performance, fotografias analógica / digital, entre outras.
Confira abaixo todos os projetos selecionados:
 Foto Milton Afanador
RESÍDUOS – Alexandre D’Angeli
Datas de apresentação
06 de abril das 14h às 16 h
10 de abril das 14h às 16h
RESÍDUOS é uma performance que dá continuidade a pesquisa do artista Alexandre D’Angeli acerca das interações possíveis entre corpo e espaço e seus vestígios/memórias na busca por aproximações sensíveis com a arquitetura e seus equipamentos. O trabalho propõe pensar os vestígios imateriais resultados da ação do homem nas grandes cidades - sobras de seus projetos, investimentos, trocas e afetos.



Como um jabuti matou uma onça e fez uma gaita de um de seus ossos – Renan Marcondes
Datas de apresentação
06 de abril das 16h30 às 18h30
07 de abril das 16h às 18h30
A performance apresenta ao público a imagem de um corpo masculino subjulgado por um objeto: um sapato de salto alto laranja cujo salto é uma estaca de 30 centímetros. Impossibilitado de ficar em pé e ocupar uma posição ereta, masculina e dominadora, esse corpo transita lentamente pelo plano horizontal através de uma coreografia que condensa imagens referentes à uma objetificação da mulher. A partir da transformação do sapato e da sua colocação em um corpo masculino, o trabalho levanta questões referentes a identidade de gênero e ao papel dos objetos nesse processo.



Datas de apresentação
06 de abril das 19h às 21h
07 de abril das 19h às 21h
Fluxo luminoso. O artista recria o seu próprio corpo. Refaz-se. Em ambiente escuro o seu movimento deixa um rastro de luz. Luzes coloridas piscam do seu corpo acrobata que evolui suspenso por uma barra invisível. A claridade que não é própria do corpo e que só se faz perceber porque é nele refletida é, em Lúmen, “in-corporada”. Através de mecanismos artificiais o performer apresenta um corpo iluminante. A presença viva do artista fica registrada no espaço escurecido da performance.



Carga – Elfi Nitze
Data de apresentação
07 de abril das 15h às 16h
A performance Carga constrói-se a partir da ideia do peso mental, onde não há consciência dos atos em si. Nascida no conceito de ligação entre mente e corpo, ela traz o pensamento de que qualquer problemática existente na mente cairá no corpo, caso não se resolva e vice-versa, ou seja, questões corporais também podem atuar sobre a mente.


 Foto Jonatas Teixeira
Sobre o peso nos meus ombros – Karen Cruz
Data de apresentação
08 de abril das 14h30 às 16h
A performance tem como configuração uma ação performática onde a artista prende em seu cabelo, dividindo-o por mechas, chumbinhos – também conhecidos por chumbadas. Chumbinhos são pesos utilizados em pescaria, confeccionados, como o próprio nome sugere, a partir do metal chumbo por este apresentar um peso considerável em relação ao seu volume se comparado a outros metais. Os chumbinhos são presos as mechas de cabelo por toda a extensão da cabeça da artista. A fixação destes se dá por meio de elásticos, previamente fixados às peças de chumbo. Em testes, a artista já chegou a utilizar cerca de 4kg de chumbinhos, buscando explorar os limites que seu corpo impõe.



Ensaio sobre o caos – Baillistas
Datas de apresentação
08 de abril das 17h às 19h30
09 de abril das 13h30 às 16h30
A performance baseia-se na realização de uma série fotográfica em meio a SP-Arte com bailarinos, figurinos, maquiadores e os quatro integrantes do coletivo trabalhando como o fazem em meio à cidade de São Paulo.


  Fabio Minagawa
A filosofia do Ralo – Cadu Ribeiro
Data de apresentação
08 de abril das 19h às 21h
Compreendida como uma performance de dança, Filosofia do Ralo é uma intervenção corporal que tem como poética o romance filosófico O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. O homem-ralo é a figuração performática de um dos personagens do romance: Basil, o pintor apaixonado de Dorian, que nesta intervenção caminha/dança sobre diferentes espaços. Carregando um objeto cênico criado para a performance, uma espécie de parangolé de ralos sobre as costas, o artista se locomove com este peso opressor que lhe dá uma corporeidade própria.


  Antony Rayzhekov
Permanência para um Encarnado – Luanna Jimenes
Data de apresentação
09 de abril das 16h30 às 19h30
A performance consiste na permanência da artista por longa duração caracterizada pelo traje. A presença que sustenta o trabalho é a expansão da respiração com dimensões e tempos orgânicos, sendo portanto um expandir/recolher até limites extremos, alternando uma figura grande a outra pequena próxima do chão. As pausas durante o percurso permitem múltiplas leituras para o observador e interferem no espaço em silêncio. O traje de tecido preto encorpado e com algum brilho cobre todo o corpo confundindo-o com um objeto. A artista se desloca completamente coberta apenas com um olho revelado até o local da permanência e ali desfigura.



O som do trovão – N Jeans
Datas de apresentação
09 de abril das 19h30 às 21h00
10 de abril das 12h às 14h00
Existem muitas coisas que incorporam sensações de medo e desespero, e uma grande tempestade pode ser uma delas. No entanto as tempestades podem ser de diferentes formas na vida, ou não? Nunca sabemos como e nem quando seremos atingidos pela próxima ou se não seremos atingidos mais... Então vale a pena recorrer ao medo? Em um vasto vale; luz, corpo, sons e trovões se confundem em meio aos devaneios mentais que mentes psicóticas podem, devem ou não ter com relação aos percursos que a linha de uma vida pode percorrer e entre seus diálogos com o sentido.
Por Lucas Takahaschi – Técnica Mista (Frente)
Data de apresentação
10 de abril das 16h às 18h00
É arte ou bala? – Lucas Takahaschi
O espaço de arte reflete seu público-alvo e influência diretamente no status e no valor da obra, o que intrinsicamente causa a valorização do artista e induz o consumidor a um sistema hermético de colecionadores e seus produtores. Porém, como seria se esta obra fosse apenas uma bala? E se este artista fosse apenas um vendedor? Como se estabeleceria a relação com esse consumidor já habituado ao circuito de arte?


Sobre o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
Fundado em 23 de Setembro de 1925, o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo é uma das mais tradicionais instituições de ensino do país. Dividida em mais de 20 unidades, localizadas na Vila Mariana, a instituição é reconhecida pelo ensino com personalidade, e oferece 15 cursos de graduação, 13 de pós-graduação e uma lista completa e dinâmica de cursos livres e de extensão.
O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo é a escola ideal para jovens que valorizam a criatividade, a liberdade de expressão e buscam conhecimento com aplicação prática. Esse ambiente criativo e estimulante é proporcionado pelo caráter interdisciplinar dos cursos, pela qualificação dos professores e pela infraestrutura completa oferecida. Estes são aspectos favoráveis à formação diferenciada do futuro profissional, que poderá exercer a carreira escolhida com competência e personalidade.

Amanda Ambrosina




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