terça-feira, 10 de novembro de 2015

Dario Fo

 
Comédia reflete a situação política atual. Foto: Alícia Peres
 
 

Grupo paulista estreia comédia de Dario Fo no Teatro de Arena, em Porto Alegre

 
Montagem do Coletivo Teatral Commune, dirigida por Augusto Marin, realiza diversas atividades em Porto Alegre, de 12 a 14 de novembro
 
O Coletivo Teatral Commune, de São Paulo, estará em Porto Alegre, de 12 a 14 de novembro próximo, para apresentar sua mais recente produção, Nem Todo Ladrão vem para Roubar.  A montagem dirigida por Augusto Marin é vaudeville absurdo de Dario Fo, que conta a história de um ladrão que entra numa casa para roubar, mas vira refém do Politico e sua Amante, que pensam que ele é um espião a serviço da Esposa. Eles ameaçam matar o Ladrão ou deixá-lo paraplégico para que não possa falar. A partir daí, a peça segue num quiproquó de situações absurdas, um tentando esconder a verdade do outro, culminando com a chegada da Esposa, da Mulher do Ladrão, do Amante da Esposa e até de um Segundo Ladrão. A peça tem no elenco Javert Monteiro, Cibele Troyano, Samara Montalvão, Rose Araujo, Neto Villar e Augusto Marin, além de um ator jovem de Porto Alegre que fará um segundo ladrão.
 
Nem Todo Ladrão vem para Roubar já fez uma carreia de sucesso com apresentações em São Paulo, Interior em Sesc e Sesi, Festivais, teatros municipais pelo Circuito Cultural do Estado e em Portugal, no Festival Folias 2013, de Lousada, Porto. Agora, volta em turnê financiada pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz, apresentando-se também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e nas cidades de Campinas, Santos, Caraguatatuba e Botucatu.
 
Dentro da programação, o Commune ministrará a Oficina Gratuita de Commedia Dell Arte e o Teatro de Dario Fo, com improvisação com as máscaras cômicas, no sábado, das 9h30min às 13h, no Teatro de Arena. No mesmo dia, às 16h30min, o diretor Augusto Marin, Vitor Ortiz e Hamilton Braga do Teatro de Arena, comandam uma roda de conversa com o público sobre a formação de público e manutenção de teatros e espaços de rua.
 
Augusto Marin é coordenador da Rede de Teatros Independentes de SP e foi um dos responsáveis pela aprovação da Lei de Isenção de IPTU para os teatros de rua e Zonas de Proteção Cultural no novo Plano Diretor. Confira, no Serviço, mais detalhes sobre a programação.
 
SOBRE A PEÇA
A comédia escrita em 1959, inédita no Brasil, é uma farsa ágil e agradável, repleta de intrigas, mentiras e disfarces. Na peça, o Ladrão e Sua Esposa são retratados como pessoas de princípios éticos, enquanto os ricos e poderosos são retratados como pessoas sem escrúpulos, que fazem qualquer coisa para alcançar o que querem. Qualquer semelhança com a atual realidade da elite brasileira não é mera coincidência.
 
A peça é um vaudeville, de origem parisiense, com forte apelo popular. Genero que existiu entre o final do século XVIII e o começo do século XIX, é construída a partir de uma trama repleta de intrigas, reconhecimentos, golpes e efeitos, sugestões maliciosas e uma salada sobre a vida amorosa. Faz parte da categoria das peças bem feitas ou da dramaturgia do fim do século XVIII, desenvolvida por Scribe, Sardou e Labiche. Entre os seus autores mais notáveis estão Georges Feydeau (1862-1921), com O hotel das trocas livres (1894), e Tristan Bernard (1866-1947), com Tripleatte (1905).
 
SOBRE DARIO FO, O AUTOR
É autor, diretor e protagonista de mais de cem farsas e comédias apresentadas em todo o mundo, criador de inúmeros textos publicitários, músicas e monólogos, além, é claro, de ser pintor, cenógrafo, figurinista, encenador, militante político e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1997.
 
A importância do autor Dario Fo é inegável pelas diversas montagens de suas peças que tivemos no Brasil até hoje. Desde Morte Acidental de um Anarquista, dirigida por Antônio Abujamra, com Antônio Fagundes, na famosa CER (Companhia Estável de Repertório), de Brincando em cima Daquilo, que valeu o Prêmio Molière a Marília Pêra, até Um Orgasmo Adulto escapa do Zoológico, também dirigida por Abujamra com a interpretação inesquecível de Denise Stocklos. A Commune montou também de Dario Fo, O Arlecchino, feito em quadros, que fez grande sucesso de público e de crítica.
A chave do teatro de Dario Fo é a utilização da história e das tradições populares como metáfora do presente. Para ele, o verdadeiro teatro satírico nasce da tragédia. Sua dramaturgia é construída a partir de desenhos de personagens, esboços de cenas e de um roteiro de situações.
 
SERVIÇO
NEM TODO LADRÃO VEM PARA ROUBAR
- Dia 12 de novembro de 2015, quinta, às 21h
Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835 - Centro Histórico), Porto Alegre
 
- Dia 13 de novembro, sexta-feita, às19h
Teatro Barbosa Lessa, dentro da programação da Feira do Livro de Porto Alegre. Entrada franca.
 
Gênero: Comédia (Farsa)
Duração: 60 minutos
 
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

Informações: (31) 3481-5580

OFICINA GRATUITA DE COMMEDIA DELL ARTE E O TEATRO DE DARIO FO
Com improvisação com as máscaras cômicas
14 de novembro, sábado, das 9h30min às 13h
Teatro de Arena
Inscrição: enviar currículo para marin@commune.com.br
20 vagas
Entrada franca

RODA DE CONVERSA
14 de novembro, sábado, 16h30min
Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835 - Centro Histórico), Porto Alegre
Entrada franca
 
Contatos:
Augusto Marin
Diretor do Teatro Commune - +55 +11 9 7665 2205 | +55+11  3774-8611
 
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu (MTB 8679-4) - 09/11/215
Fones: 51 | 92772191 (Claro) | (51) 8133.6787 (Tim)

Nenhum comentário: