domingo, 14 de fevereiro de 2016

Luz e Matéria

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Sergio Camargo: Luz e Matéria, na Fundação Iberê Camargo

by falabrasilcultura
Sergio Camargo_ sem titulo 1985 foto João Musa.jpg
Fundação Iberê Camargo recebe Sergio Camargo: Luz e Matéria 
Exposição vai apresentar mais de 60 obras de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. De 3 de março a 12 de junho, mostra tem curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves.  
A Fundação Iberê Camargo e o Itaú Cultural reafirmam sua parceria levando ao público mais uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. Dia 3 de março, a instituição em Porto Alegre inaugura a mostraSergio Camargo: Luz e Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, a mostra reúne, até 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do espólio do artista.  
A exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade a recebê-la, após seu encerramento na Capital paulista. Na Fundação, a exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990).  
A itinerância de Sergio Camargo: Luz e Matéria para a Fundação Iberê Camargo é marcada ainda com o lançamento de um catálogo inédito publicado pela instituição gaúcha em parceria com o Itaú Cultural, contendo um registro fotográfico das montagens em Porto Alegre e em São Paulo. O conteúdo conta a trajetória do artista e apresenta imagens das obras expostas em ambas instituições, incluindo uma reprodução do último ateliê que pertenceu ao artista, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
 Sergio Camargo
O artista nasceu em 1930 no Rio de Janeiro. Aos 16 anos, estudou na Academia Altamira, em Buenos Aires, na Argentina. A escola, fundada em 1946, propunha uma arte de vanguarda, sín­tese do que se pode apreender pelos sentidos e marcada pelas descobertas científicas da época. Lá, estudou com Emilio Pettoruti (1892-1957) e Lucio Fontana (1899-1968).
Em 1948, viajou à Europa. Estudou com Gaston Bachelard (1884-1962), que, entre outros temas, se dedicou à filosofia da ciência e à análise das bases subjetivas da criação poética. Estudou Merleau-Ponty (1908-1961), que acabara de publicar Fenomenologia da Percepção. Visitou frequentemente o ateliê do escultor Constantin Brancusi (1876-1957), descrito como o “pioneiro da extrema simplificação das formas” pela Galeria Tate. Após o contato com a obra do pintor Wassily Kandinsky (1866-1944), decidiu trabalhar com os recursos do abstracionismo.
A década de 1950 foi pontuada pela experimentação nesse es­tilo, com um retorno ao figurativismo, sob a influência de Henri Laurens (1885-1954), precursor do cubismo na escultura. Traba­lhou com bronze, gesso, alumínio e, após um curso com Margaret Spence, com pedra-sabão.  
Testou novos métodos de criação na década de 1960, nos quais o acaso ganhou papel relevante e em que estão presentes o gesso, a areia e o tecido. Iniciou a série de relevos, investigando os modos de perceber e dispor a matéria, além de suas relações com a luz. Trabalhou em madeira e mármore. Em Paris, estudou sociologia da arte com o historiador Pierre Francastel (1905-1970).
Em 1970, deu continuidade aos relevos. Sergio Camargo agregou a eles partes cilíndricas, chamadas “trombas”, que se expandem da obra “para fora” e implicam outro efeito no espaço. No período, pas­sou a compor o grupo de artistas e críticos ligado à Galeria Luiz Buarque de Hollanda & Paulo Bittencourt, do qual participavam os escultores Waltercio Caldas, Iole de Freitas, Tunga e José Resende.
Nos anos 1980, fez a série Ovos – objetos ovais com incisões e perfurações. Nessa década, participou de várias exposições indi­viduais e coletivas. A exposição do seu trabalho foi significativa durante toda a sua carreira: participou, entre outras exposições, da Bienal de São Paulo, da Bienal de Veneza e da Bienal de Teerã. Morreu em 1990. 
Mais de 40 acervos e coleções públicas conservam obras do ar­tista, entre eles o Centro Pompidou, em Paris; o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba); a Galeria Tate, em Londres; o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA); o Mu­seu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). 
SERVIÇO 
O QUÊ| QUANDO| Sergio Camargo: Luz e Matéria  - 3 de março a 12 de junho
ONDE | Av. Padre Cacique, 2000 – (51) 3247-8000
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO| De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
ENTRADA FRANCA| As empresas Gerdau, Itaú, Vonpar e Banco Votorantim garantem a gratuidade do ingresso
TWITTER | @F_IbereCamargo
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TRANSPORTE | As linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao prédio, assim como a linha de ônibus Serraria 179. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do BarraShoppingSul, por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.
Fonte: Neiva Mello
Sergio Camargo_ Homenagem a Brancusi sd foto João Musa.jpg
Sergio Camargo_ sem titulo sd foto João Musa 1.jpg
falabrasilcultura | Fevereiro 12, 2016 às 1:32 pm | Categorias: Uncategorized | URL: http://wp.me/pRH3j-EJ

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