sexta-feira, 4 de abril de 2014

Amigos

ÀS MINHAS AMIGAS
E AOS MEUS AMIGOS
 (TODAS E TODOS SABEM QUEM SÃO)
 
Quando eu for embora
daqui
lembrem por mim
dos lugares
e das coisas
que apenas vi
só em sonhos,
não desperto.
E que, por certo,
muito me alegrariam
tê-las vivido, suponho...
 
Mas não deixem
de lembrar
das coisas que vi
e sofri;
das bocas
que não têm pão
e muito menos
têm beijos;
das mãozinhas espalmadas,
carregadas de desejos;
pequeninas, das crianças
com descrentes esperanças
e seus corpinhos sujinhos,
sem saber nem a idade.
Ansiando mãos e carinho,
ansiando pão,
liberdade..
 
E não esqueçam
também
de cravar/calar
um BASTA!
no coração dos bastardos
que por ação,
inação,
podem tudo.
Podem até deixar
mudos
os que não sabem
calar...
 
Ah, mas não olvidem
(jamais!)
de RIR...
Rir, rir
sem parar!
Riam por vocês,
por mim,
para mim e,
por favor,
RIAM também de mim
para, rindo, recordar!...
 
Rir, rir
na chegada
e na despedida...
Como se fosse
a única saída
pra alegrar
a vida, enfim.
 
RIR, RIR,
RIR E AMAR
às escâncaras,
de uma maneira sacana,
numa alegria profana.
Numa alegria
sem fim!...
                                              

Barreto

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