terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Natureza brasileira






Olhar de "Tô nem aí"

Fotos Rosane Scherer

Tem Tainha

Garopaba - Na Barra: Espera da Tainha


Produção e câmera: Sérgio Saraiva Edição de vídeo: Matheus Furtado Música: Tem Tainha - Raul Ellwanger
00:01:07
Adicionado em 10/05/2010
Carregando a visualização de vídeo do YouTube
Problema ao conectar a YouTube. Talvez o vídeo não exista ou somente possa ser reproduzido no YouTube. Tente acessar o site: http://youtu.be/ZSQrxumwoiw

GAZETA DOS TOLOS 112 09/01/2012. __________________________________________________________________________________________________
"Montevideo, Santiago e Buenos Aires / Cantarolando donaires escuchados al pasar / Entre mercados, fábricas, delegacias / Mario, Gonga e Don Alfredo até pintar a luz do dia... ('Gurí D'América', do disco "La cuca del hombre", Buenos Aires, 1985)


Junto a diversos musicos brasileiros e latinoamericanos,
estarei tocando no Forum Social Temático 2012 em Porto Alegre no fim do mes de janeiro. Haverá debates sobre produção e intercambio cultural com ativistas de vários países. Agito da Associação Cultural José Martí, ativismo de Vania Barbosa.

Mario Falcão avisa:
"Gente amiga: sábado, dia 14 de janeiro, a partir das 19 horas, vou mostrar umas músicas (na essência do voz e violão) no espaço da Palavraria Livros & Cafés (que fica na Vasco da Gama, 165). Estão todos convidados, é só chegar! A Palavraria, além de acolhedora livraria, é importante ponto de venda de CDs independentes feitos por aqui. Lá estão o recém lançado AMADOR (2011) e o meu primeiro disco (de 2004)."
"TEM TAINHA":
canção-documental da pesca em Garopaba com imagens by Sergio Saraiva está em no Iutube : http://youtu.be/xMTDo6ZJicQ
SAITE CULTURAL MUITO BOM DE SANTA MARIA:

WWW.revistaovies.com

Estudio Composto avisa:
"Está aí pessoal, mais uma produção do Estúdio Composto e mais trabalho lindo de Karen Volkmann . Vídeo Teaser de Karen Volkmann "Se fosse Ana Maria". Busque no Iutube.
Toti Soler
enviou desde Palau Sator (Catalunya) seu novo disco "Raó de Vivre", saborosa mescla de sabores flamenco-barceloníticos deste sutilíssimo violeiro e compositor. Como brinde especial para mim no começo de 2012, a gravação de "Alpargata e violão" na linda voz de Luiza Oswaldo e com tres solos, repito, tres solos guitarrísticos magnificos de Toti. A canção é de minha autoria, por sorte. Obrigado, senhoooooooooooooor !!!

“Residência Artística de Integração entre a Dança Contemporânea e Música Brasileira”:
Entre os dias 10 e 15 de janeiro próximo, o público interessado poderá acompanhar os resultados da “Residência Artística de Integração entre a Dança Contemporânea e Música Brasileira”, na Sala Cecy Frank da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. A bailarina, educadora e coreógrafa, Marilice Bastos, e o músico, educador e produtor cultural, Jorge Foques irão demonstrar, em oficinas, palestras e performances, o resultado da experiência vivida junto à Companhia OTRA DANZA, na cidade de Elche, Espanha, no período de 05 a 16 de dezembro último, onde permaneceram a convite da coreógrafa espanhola Asunción Noales Alpañéz, diretora da referida companhia. Toda a programação tem entrada franca.

O QUE É MÚSICA?

Música é a capacidade de ouvir. Você pode ser Mozart, mas se não houver quem escute sua obra, ela não existirá. Ninguém compõe para
as altas esferas, mas para que o som se propague até um receptor. A música foi assassinada quando descobriram a mina de ouro que é a banalização da batida do tambor. A sofisticação foi reduzida ao pó das baterias, e o tunc tunc se consolidou na indústria imediatista. Mais tarde, “evoluiu” para o baticum eletrônico, que é a entronização surtada da redundância. (Por Nei Duclós, poeta)

Vozes:
no sábado, 21 de Janeiro de 2012, das 09:00 até 12:00, no Jardim Botânico de Porto Alegre/RS - Av. Salvador França,1427: "Porque Falamos de Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental" , pretende criar um espaço de convergência de instituições, movimentos sociais e agentes sociais, com o objetivo de sistematizar e equalizar as expressões que devem ressonar durante o Fórum Social Temático, através de uma assembléia aberta.
"Carito" en YT,
linda canción de León Gieco (voz y armónica) y Antonio Tarrago Ros: http://youtu.be/ZSQrxumwoiw

======================== arribita el canto popular !!! ==============================

"Catar guabiroba"
Raul Ellwanger.

Hoje fui na mata, Dondon
Catar guabiroba
Prá sentir na boca, Don
A pele sedosa
O azedinho doce
Da carne macia
Que eu toquei um dia
Com os lábios do amor

Pois fui lá na mata
Catar guabiroba
Na luzinha da aurora
Para o meu amor
Que gostinho bom que tem
Quando a fruta se rouba meu bem
Se eu fui lá na mata recem
Catar guabiroba não tem
Meu cachorro Bira
Era minha escolta
Procurava a Dona
Dessa minha lida
Sobe e desce serra
Campeando o rastro
Da senhora linda
Daqueles abraços.

Pois fui lá na mata...

================== Programas sobre música na radio em Porto Alegre ============================.

Ipanema FM 94.9: domingo 08:00 horas, "Tropeada Cultural", com Hilton Vaccari e Leo Almeida.
FM Cultura 107.7 : 17 horas, segunda a sexta, "Conversa de Botequim", com Luis Henrique Fontoura.
Gaúcha AM/FM: sábado, 21 horas, "Sem fronteira", con Glenio Reis.
Band FM: 18 horas, segunda a sexta, "Agenda", com Lúcia Mattos.
Universidade AM 1080, sábado às 16 horas, "Latinidade" com Silvia Secrieru.
"Contemporanea', com Marta Schmidt, FM Cultura 107.7 , sabados às 17 hs.
"Cantos do Sul da Terra", com Demétrio Xavier, todo dia às 11 hs. na FM Cultura 107,7.
Todo sábado às 17h, na Ipanema FM programa "Hot Club do Mutuca" de 2012, com o próprio.
'SESSÃO JAZZ" , de segunda a sexta, das 20h às 22h, nos 107,7 da FM Cultura. Producão e apresentacão: Paulo Moreira.
Maria Luiza Benitez apresenta "Quadrantes do Sul" - de segunda à sextas, das cinco às seis da matina; aos sábados, das seis às oito.









Uma visita à Exposição de fotos de Dulce Helfer

Poeta Rollo e Zé Augustho Marques no Foyer do Theatro São Pedro
Foto Dulce Helfer



Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!



Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Poesia




Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitòria.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas



Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é dele
e não se cura de fora.
Porque sofrer não é ter falta de tinta
ou o caixote não ter aros de ferro!

Arte Poética de Caderno


O sorriso
abre de si
transbordado na
caligrafia dos dentes
e nos lábios da noite
a língua rua...  Agora
esperam os evangelhos
pelo grito fora
de si...

(Zé Augustho Marques)

domingo, 8 de janeiro de 2012




Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

sábado, 7 de janeiro de 2012




Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Ler o Mundo






                                                    Ler o Mundo

 O nome de Affonso Romano de Santa"Anna exalta-se pela insaciedade e voracidade de suas fomes literárias e revelações... Mais que um sacerdote da fé no livro e na profissão dessa mesma fé. Chega-nos por todos canais, mesmo os que desfilam pelas ruas das solitárias capitais de mão em mão, como o nosso "Fala Brasil"!, de cultura. Chega mesmo. Destravando o riso desdentado dos analfabetos e o ego desnecessário da intelectualidade, que às vezes desletrada, comete enganos que o mestre Affonso preenche com a oralidade e grafia narrativa, reunidas para aquecer nossas vidas. Tudo é poesia, esperança e transformação espiritual em seu "Ler o Mund0". Duzentas e quarenta e cinco páginas que desfilam privilégios de sabedorias popular e erudita, com simplicidade narradora de quem reparte o pão como alimento para a transformação sóciocultural do Brasil, contra a miséria, a violência e a banalidade das informações que  nos chegam desastradamente fenomenalizadas pela danação perdida. Ler o Mundo tem sinais e signos que o próprio livro lê para você ler, para os outros...

Zé Augustho Marques

Poeta e Crítico de Arte


Arte Poética de Agenda

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012




Quer pouco, terás tudo.
Quer nada: serás livre.
O mesmo amor que tenham
Por nós, quer-nos, oprime-nos.



No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Que árvore você quer para o futuro?

Caro Zé
Uma ótima notícia, acabamos de ter a confirmação da Infraero.
Na primeira quinzena de fevereiro estaremos com nossa Exposição no aeroporto, numa área de 90 m², no terminal de Passageiros 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Abçs e Feliz 2012.
cid:image002.jpg@01CBFB6B.E7BC7070



Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...
Olá, prezado Zé Augustho!

Ficou uma beleza o frontão do nosso dicionário em seu eclético e brilhante blog.

Você me faz um favor impagável, afinal, ser RECOMENDADO por um figurão do
seu quilate não é moleza, rsss.

Fico-lhe deveras agradecido - mesmo - pela sua altruísta atitude.

FELIZ ANO NOVO PARA VOCÊ E TODOS OS SEUS!

Um abraço, nobre camarada poeta e editor,

João Gomes da Silveira

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Férias

... ENQUANTO ISSO, O mINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL DO BRASIL ESTÁ DE FÉRIAS PROTEGENDO-SE DAS CHUVAS...
"BRASIL MOSTRA A TUA CARA"

Recomendo


...Este é sim, um grande dicionário ou "expressionário"
polissêmico de expressões populares da nossa língua
Portuguesa que João Gomes da Silveira nos brinda
com as borbulhas de um oceano de palavras que no seu
reconditório poético, fazem sentido universal.

Artemosfera


Kátia Costa

Ana Ledur, Kátia Costa e Tereza Mello


Kátia Costa




__________
Eu e o Atelier de Arte Plano B iremos realizar a Instalação: “Lugares de Passagem”, Projeto para o Viaduto Jayme Caetano Braun. Consiste objetivamente na instalação de 08 Janelas coloridas e espelhadas, em 08 pilares, na parte inferior do viaduto; colocação de adesivos imitando vitrais coloridos, nas laterais das 08 saídas dos elevadores (04 saídas inferiores e 04 superiores); e fixação de adesivos com imagens reproduzindo as janelas originais instaladas nos pilares, na extensão das duas coberturas das paradas, pelo lado externo, no piso superior do Viaduto.
Queremos provocar naquele espaço de interseção e de passagem um diálogo entre o espaço real e o mesmo espaço, refletidos nos espelhos e nas imagens reproduzidas, com muita cor. Acrescentando ao espaço estas “aberturas e reflexos”, oferecemos passagens, que se abrem e que transferem imagens - não só do espaço mas das pessoas, que ali transitam, passam - de fora para dentro e de dentro para fora, de uma construção caracterizada por ser de concreto e ter formas rígidas.
O Projeto Artemosfera está sendo construído e aos poucos crescendo e tomando forma. Nesse momento temos uma grande expectativa de que alcance concretamente seus objetivos e que, além desses, surjam muitos outros aspectos, produções e ideias que venham a se agregar positivamente e efetivamente a esse movimento, que incentiva a conscientização, a percepção do que é urbano, do que é de Porto Alegre para Porto Alegre, através das produções de artistas que vivem e convivem com essa cidade.
Ao levar arte para o espaço urbano, aberto e acessível, a estão levando para um espaço que pertence a todos os cidadãos, e que ao mesmo tempo é um espaço que, por tradição histórica, é também da arte. Ao realizar esse trabalho de desmistificação, disseminação, integração e aproximação, transfere-se o que é realizado pelas pessoas, na posição de criadores de arte e, não só de artistas visuais, para todas outras pessoas que podem ser sensibilizadas. A arte integra, informa, instiga, em todos os espaços que ocupa ou que venha a ocupar, ela cumpre sempre com suas intenções, uma delas é transformar.

Homenagem a Geraldo Flach

Que bonito Zé....
 Tomei a liberdade de mencioná-lo hoje a tarde no programa Conversa de Botequim, da FM Cultura com Luiz Henrique. Obviamente que citei teu nome.
Um grande abraço,
Jorge André

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Almanaque

Prezado Zé Augustho,
minha maior torcida pelo novo ano, para ti e teus projetos.
Com admiração e respeito, de sempre e antigos,mas renovados,
 
Antonio Hohlfeldt
(foto-divulgação)



             Flach,  flach,  flach...

Como lidar com as teclas em sinfonias desconhecidas

que as tem contigo, por aí, do outro lado?

Posso até ouvi-las.

Mas as vejo em sonho, batizadas novamente pela

silhueta luminosa dos teus dedos e mãos,

passeando sobre um piano branco com asas de poesia.

Saudades Geraldo Flach, flach, flach.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Beijo


            
                                               O BEIJO

Quando tiverdes penetrado vosso sibilante poema de saliva e florais da paixão, tereis então de moverdes à música de Utamaro, rodeado de Geishas; de Toulose Lautrec com seus "Dois Valsadores"; com Hermann-Paul em seus "Apaixonados"; de Lopez no Ojo-a-ojo num beso de tango; e de um beijo à Hollywood de Slonem baseado em imagem de Rodolfo Valentino; quase viajante no Tempo de Rodin-"beijo" nunca terminado e servil à gênese das esculturas naturalistas... Tudo começa com um beijo de Klimt em sua justaposição de flores que, amantes de si, viram a página para ver Alma-Tadema o artista do mármore, no cenário arquitetônico que beija as mãos da donzela... Mas tudo pode acabar no "Beijo de Bruce Wayne" quando Poison dá-lhe um beijo letal, no ego de Batman... E, Brian Apthorp desenha o homem perdendo para o herói nesse beijo fatal! À língua permitida, agora é veloz, no desejo dos lábios vermelhos que Picasso centraliza na visão da arte... E que Chagall em seu "Luar", poetiza um casal apaixonado, abraçados junto ao portão e tão longe dali, tão perto do sonho, outro casal está deitado sobre o telhado...  Todavia não convidada, há na pintura de Géricault, enquanto um casal se beija em êxtase, uma mulher deitada, que permite a dúvida do olhar voyeurístico,  do fastio da cena, ou da exautão desse beijo... Beijos são esplendores, religiosos, agnósticos, de difíceis prognósticos como Krishna e Rhada beijando-se num bosque, com o rei da selva beijando Jane, com o beijo adúltero de Páris e Helena pintado por David que levou Tróia à guerra! Então, um beijo, a ser beijo de Tintoretto, com sua mulher mostrando o peito. O tempo,  deve beijá-lo para sempre, para fazer durar em pele de leão um "Hércules e Ônfale" na pintura de Boucher até chegar no "Jardim da Delícias Terrenas" de Hierônimus Bosch, fazendo da luxúria um tema surreal de ambivalência paradisíaca! Vem do "abraço", o Beijo de Egon Schiele, com seu expressionismo erótico e indecente, consagrado por sua própria indecência de artista. Beijos! Beijos de Hokusai "Apaixonados em Almofadas"; de Katsukawa -"Fazendo Amor no Inverno"; de Rubens em seu desenho "Par Abraçado"! Beijos disfarçados de Duas Mulheres por Coubert em "Casal a Dormir", só há o sono e o beijo...  Beijo que tenho em minha sala de estar, por fim e por início de um próximo, de Rubens Gerschmann, evocação de tantas imagens que estarão por virem a ser beijadas pela poesia. Beijai todos os dias... Quando tiverdes penetrado vosso sibilante poema de saliva e florais da paixão.

Zé Augustho MArques

Poeta e Crítico de Arte




Acordo de noite subitamente.
E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora,
O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez...

domingo, 1 de janeiro de 2012

ZÉ MARQUES... "O GRANDE QUERIDO DE 2011"
 
MUITO OBRIGADA POR FAZER PARTE DE "TODOS OS ANOS" ESTES E OS QUE VIRÃO!
GRANDE BEIJO NOSSO DA BEIRA DO RIO!
 
RENATO E INGRID



Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
...

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...»

Os Fantasmas

                   

  Os   Fantasmas

São palavras disfarçadas
com gemidos de lamparinas
e espoletinhas de luz
alumiando bailarinas
de caixinhas de música
vagarosamente silenciadas...

São perseguidores
de meninos imaginados
de corpos finos
escondidos na luz baixa
Estão vestidos de ninguém
mas não são nada
ou são alguém
que o quarto escuro não vê.
Mas que assustam o além
dentro das gavetas nossas
que sempre guardam
uma inocência de vintém.
Até chegar um anjo assustado
e gritar já acordado:
     credo cruz!
     Acende a luz!
     Amém...

(Zé Augustho MArques)