sábado, 4 de junho de 2011

Para Florbela

Se puderes ou se quiseres

Rasga estes versos que te fiz

E deixa-os queimar sobre o fogo

ao arrasto de um vento de giz

Porque toda poesia é tempestade

Que volta ao nada

 E do nada dá-nos  unguentos

Do teu partir

quase aos pés do esquecimento

Pois julguei-te grande demais

agora ainda maior pequena Espanca

Só, não só por teu envenenamento

 te perdo-o por ti morreres

não por teu endoidecido sentimento!

Mas se decorares meus versos

bem antes de os jogares à sarjeta

envia-me tuas violetas

todas lindas mensageiras

de poesia ardente

a clamar comigo, por ti novas carícias

dos Deuses da vida

A Flor bela e latente

que a saudade Espanca!

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