Caro Amigo Zé Augustho,
Acuso o recebimento da revista Fala Brasil, edição 148.
Parabenizo mais uma vez por sua dedicação e pela qualidade de seu trabalho para divulgar a produção cultural e estimular a reflexão estética.
Maestro Borges-Cunha
sábado, 31 de março de 2012
Zé ,recebi o jornal Fala Brasil e adorei.É um jornal cultural muito bom.
Agradeço muito e gostaria de continuar recebendo.Não tenho nada
a pagar?
Sou escritora e poetisa e aqui em Osório não temos nenhum periódico
voltado exclusivamente para a cultura.Escrevo na internet em vários
sites :Recanto das Letras,Artistas Gaúchos,Beco dos poetas e dos
escritores,no site da nossa Academia: www.aeln.org e no LitoralMania.
Meu blog é:sonhadorasuelybraga.blogspot.com
Abraços
Suely Braga
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
A ARTE E A CIDADE Quando o tema é a qualidade de vida nas grandes cidades, interrogamos o desequilíbrio do meio ambiente, o desemprego, a deficiência de moradia... decorrentes de um modelo de desenvolvimento que se caracteriza por favorecer padrões de concentração de renda e poder. Não pensamos na visualidade urbana. Diante de tanta reivindicação não resta tempo para pensar a “beleza” como um componente que qualifica o ambiente cultural das cidades. Na cidade moderna, produto da sociedade industrial, a integração arte / arquitetura foi um princípio racional contra o desperdício de decorações, imposto pelo gosto eclético do século XVIII. As relações: arte / arquitetura, arte / cidade dizem respeito à qualidade ambiental, são ingredientes que de vez em quando aparecem nas reformas urbanas, no paisagismo, nos espaços e edifícios públicos e privados. No século XIX, a cidade conta com um acervo de monumentos e se transforma num museu. Os monumentos arquitetônicos se destacam no tecido urbano e nos centros das praças são instaladas estátuas de algum indivíduo homenageado pelos seus feitos e ações. A burguesia, ao contrário das sociedades arcaicas, planeja o entorno, marca o urbano com suas estátuas. Até o horizonte das experiências estéticas dos anos 60 do século passado, quando o Minimalismo superou o conceito tradicional de escultura, transformando o objeto escultórico em elemento de composição espacial, quase arquitetônico. Formas geométricas primárias, como protótipos industriais, são inseridos no urbano, destacando-se na paisagem pela monumentalidade. Com os investimentos das grandes cidades voltados para obras básicas, cidades oneradas por problemas financeiros e sociais, sem grandes recursos, sem uma tradição de política cultural no planejamento urbano, como imaginar a arte pública neste contexto? Quando intervenções em nome da arte são executados de maneira casuísticas e personalistas, respondendo às vezes a interesses de ocasião, sem qualquer relação com o entorno, distante do que entendemos como arte, um adorno na paisagem, neste caso a obra de arte deixa de ser uma contribuição positiva para a visualidade urbana. Não vamos resolver o problema com legislação, sem um programa de educação para as artes e sem consciência de cidadania. É preciso educar os que decidem o destino da cidade com um programa específico de apoio às artes. No Brasil a integração arte / arquitetura foi uma preocupação do modernismo, como podemos constatar na casa modernista em São Paulo em 1930, projetada por Gregor Warchauchik obedecendo aos ideais da Bauhaus. No final da década de 30, no Rio de Janeiro o prédio do Ministério da Educação e Cultura sob a coordenação de Le Corbusier com participação de arquitetos como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, os artistas plásticos Cândido Portinari e Bruno Giorgi foram convidados para participar da concretização do projeto. Em Salvador, uma legislação dos anos 50 obrigava a cada projeto arquitetônico a reservar um percentual de seu orçamento para uma obra de arte. E o espaço público? Pouco foi feito para valorizar o espaço urbano com a presença da obra de arte. Intervenções que ignoram o contexto, a escala, cultura e a contemporaneidade da cidade, confirmam o crescimento desordenado e o provincianismo da cidade. Se é possível falar de uma estética do espaço urbano, ela é resultado da relação que os elementos construtivos mantém entre si e com o todo, nem sempre considerada nas reformas urbanas. Um exemplo: Praça da Sé, centro histórico da Cidade do Salvador, palco de várias reformas, o que fazer com uma fonte luminosa, que mais parece um elemento decorativo, uma maquiagem para ocupar um pedaço abandonado da Praça? Um espaço que poderia ser revitalizado do ponto de vista visual e ambiental com esculturas contemporâneas. A meu ver, é oportuno o pensar sobre a arte pública numa cidade onde o fazer artístico e sua intervenção no urbano é uma relação ainda empírica. Almandrade (artista plástico, poeta e arquiteto) www.provadoartista.com.br/almandrade.html
terça-feira, 27 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Salve, salve,
Porto Alegre!
Teus “240 Anos”,
vamos exaltar!
O dia já amanheceu sorrindo,
para Parabéns nas ruas,
irmanados no teu amor,
podermos cantar.
Cidade natal,
que tanto orgulho me traz,
onde é impossível escolher um só local,
pois todos, me atraem demais.
És bela, leal e valorosa!
E para mim
e muitas pessoas mais,
igual outra não há!
Que as bênçãos divinas,
estejam sempre
contigo
e com Todos Nós!!!
Graça Garcia
Compositora, Cantora e Atriz
Vídeos no Youtube-Facebook
domingo, 25 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
Porto Alegre
Francisca de Carvalho Messa
A cidade sorriso
Está de aniversário
Completa 240 anos
Continua sorrindo
Para seus moradores
As flores abrindo
Cada primavera,
São jacarandás
A cidade se veste de lilás
Ladeando as ruas
Exalando doce aroma
Adotei-te Porto Alegre
Moro aqui há 40 anos
Nesta cidade alegre
Fui bem recebida
Por isso fiquei
Não pretendo sair
Porto Alegre tens grude
No teu solo, criei raízes
Neste chão hospitaleiro
Há o pôr do sol
Mais lindo
Do mundo
Deus te abençoe
Porto Alegre
Pelo aniversário
sexta-feira, 23 de março de 2012
Ato Institucional Permanente
A Carlos Heitor Cony
Artigo I.
Fica decretado que agora vale a verdade.
que agora vale a vida,
e que de mãos dadas,
trabalharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II.
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III.
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV.
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo Único:
O homem confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
Artigo V.
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.
Artigo VI.
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII.
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII.
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX.
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha sempre
o quente sabor da ternura.
Artigo X.
Fica permitido a qualquer pessoa,
a qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.
Artigo XI.
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo.
muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII.
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.
Artigo XIII.
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade.
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.
Santiago do Chile, abril de 1964
Publicado no livro Faz Escuro Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar 1965.
In: MELLO, Thiago de. Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 198
quinta-feira, 22 de março de 2012
RECOMENDO
Leia e ouça com ouvidos de criança,
esta bela invenção,
musical e poética
de Jairo Luiz de Souza e Zé Caradípia
...Mariana en canto é um encanto....
Zé Augustho Marques
contatos com os autores:
Jairo Luiz: souzaescritor@yahoo.com.br
Zé Caradípia: caradipia1@hotmail.com
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