quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Foto Henri Cartier Bresson

Tão fácil ser confiante dentro do útero da mãe terra. Feto confiante na certeza da nutrição. Não há esforço além da certeza do amor alheio. Não há necessidade de preocupação, apenas prazer e diversão. Brincar de vida, correr pelos dias sem a preocupação do agasalho, alimentar-se na medida da fome, beber na medida da sede, nada falta. Homeostase da gênese, irresponsabilidade orgânica, apenas nutrir-se do mundo, ser planta selvagem em floresta luxuriante tropical, prazer da chuva, apenas criar raízes que o tempo trás em bandeja de ouro o sustento.
Tão bom não preocupar-se e ter apenas o corpo como obrigação e o universo como alento.
Tão fácil o despertar pois o adormecer é apenas um suspiro, amanhã? Deus dará!


Postado por ana kosby no alma ao avesso em 2/07/2012 05:20:00 PM

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Página Zé Augustho - Jornal Fala Brasil

Que árvore você quer para o futuro?




Colcha no aeroporto
(fotos Andrea Weschenfelder)


GUERRILHEIROS Informativo On-line
DA CULTURA Nº 26 – Porto Alegre, fevereiro de 2012
ESPECIAL: OS MELHORES DE 2011 NA CULTURA (E A CRÍTICA NEGATIVA)
Ainda que um pouco atrasado estamos apresentando os nossos indicados como melhores da cultura no ano de 2011
« MELHOR LIVRO DE CONTOS
Ciranda Negra, de Eny Allgayer Canto
« MELHOR LIVRO DE POESIAS
Os códigos da alegria, de Paulo Roberto do Carmo.
« MELHOR LIVRO INFANTIL
Por que o Elvis não latiu?, de Robertson Frizero..
« MELHOR LIVRO COLETÂNEA
Nesta categoria tivemos um empate: Joaquim Moncks e Amigos (org. de Neida Rocha) e Autores Gaúchos 2011 (Org. de Antônio Soares), que congregaram novos autores e outros mais experientes, mas todos com a mesma premissa de enriquecer a literatura e divulgar seus textos a todas as camadas da sociedade.
« MELHOR EDITORA
Alternativa, sob a condução de Milton Pantaleão.
« MELHOR PROJETO LITERÁRIO
Banco da Cultura, criado e gerenciado pelo escritor Felipe Daiello e que funciona no Grêmio Náutico Gaúcho.
« MELHOR ATIVISTA CULTURAL
Fernando Ramos, diretor do Jornal Vaia.
« MELHOR INSTITUIÇÃO LITERÁRIA
Estância da Poesia Crioula.
« MELHOR JORNAL CULTURAL
Fala Brasil, que funciona há mais de 15 anos, levando a cultura a todas as camadas da sociedade porto-alegrense, com a direção de Rosane Scherer.
« MELHOR PEÇA TEATRAL
Mosketeiras, direção de Luis Carlos Pretto.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


foto Ana Kosby


Um campo de papoulas em teus olhos.
 
Nos meus?
 
O ópium deles destilado.

Postado por ana kosby no alma ao avesso em 2/04/2012 01:03:00 PM

Arte de Caderno




Espelho e menina se interpretam...
...toda beleza tem gosto de cores!
O começo está próximo da mão que
 vai atear fogo na floresta encantada.
Poesia é vida e música
(...)
(...)
(...)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

                  As Dores das horas



Estou farto desse império das horas!

Tenho idade que dizem ser idade

num perfil que desagrada a medicina dos homens...  

 E desagrega os homens da medicina.  

Meu recorte humano tem dores

nos moldes dos figurinistas

não cabem dentro dos recortes, minhas rugas...

Carrego medalhas e biscoitos

num bolso furado pelas traças...

E, meus dias bons

adiam meus dias ruins

roçando com a seda do medo

esse império de horas!

Não quero não ser esse vulto           

que me envolta de ritmos

e remédios contínuos...

Estou farto dessa saudade imperial

Da distância de mim

Quando da infância

Nada sabia

de ruim!

Agora, sou eu próprio

Que sei aquilo que aprendi

O que ainda não perdi...



Zé Augustho Marques

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Numa poça de água

                                   



Os carros passaram e ela atravessou, chegando até a praça. Continuou andando . Calma. Um beijo de namorados entre as plantas secas por trás  do banco. Estava tudo seco. Até a noite não respirava bem. Fazia mês e pouco que não chovia. Com a cabeça despenteada sentiu de repente que era feliz assim. Tão claro esse sentimento, que de passos velozes, quase parou, como se a felicidade fosse caminhar a sua frente...   Sorriu para a pequena poça de água tremida da fonte. Quase seca! Pensou que felicidade tinha a ver com a velocidade das coisas.  Com o tempo das coisas também! Lembrou-se de um poema de Fernando Pessoa!  Sorriu, enquanto corria os olhos sob o retângulo das pedras que estufavam a secura dos mosaicos empoeirados da praça. Uma seta indicava o caminho do banheiro público. Mas não iria num banheiro público...  Viu milhares de cartazes espalhados pela praça: -seja feliz!   -venha participar da Academia da Felicidade do cidadão das cidades verdes! Cidade verde é a solução!  - Muito me alegra, senhorita, ter podido...   -Sim, não tem importância que ria de nós.  - Desde que a vi atravessando a rua, compreendi que a senhora não era uma pessoa qualquer, como as outras. Aceite um cartaz da nossa Academia...  Sentiu-se rodeada de olhares fixos e de cartazes móveis...  Era evidente que algo estranho tirava-lhe a firmeza do raciocínio. Pensava em não se assustar. Pegar o cartaz e seguir. Mas em que direção? A da multidão de cartazes verdes mas sem ninguém a empunhá-los ou seguir  aquele homem, lado a lado, de olhos fixos na outra ponta do mundo!  -Se quiseres vir comigo senhorita, ainda há tempo de matar a imprudência no planeta, alistando almas que...   -A senhorita está aí, faz um tempinho já, olhando para esta poça de água tremida da fonte...  Está vendo a felicidade?

Zé Augustho Marques

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Arte de Agenda-Zé Augustho Marques


Destruição



Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.

Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.

Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.

E eles quedam mordidos para sempre.
deixaram de existir, mas o existido
continua a doer eternamente.

Pouco importa!


Foto Henri Cartier Bresson

Pouco importa!
Quem bate à porta
ou quem entorta a reta
pouco importa
as luzes
as cruzes
e o credos
a face morta
na roupa e na hora certa
o sorriso vil
no aconchego hostil
do ver e ser visto
pouco importa
se escrevo ou desisto
pouco importa
se há aplauso automático
do expectador estático
parado,
no êxtase comprado
apenas importa
o mundo para dentro de minha porta
meu grande achado:
o amor que dorme ao meu lado.

 Ana Kosby


-

Foto: Ansel Adams

vasculhei frestas
cuspi arestas
respirei gases
rasguei ases
bebi azias
me equilibrei
entre o que quero
e o que querias
resisti bravamente!
apenas para descobrir
que sou soberana
neste reino

chamado mente.

Ana  Kosby

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A nova cultura dos Institutos no Brasil

Se a moda dos INSTITUTOS pega,

logo teremos os

Institutos Sarney, Collor e Calheiros...

À partir do Instituto FHC

e o de Lula por 99 anos...

Morre aos 88 anos Nobel de Literatura Wislawa Szymborska
01 de fevereiro de 2012 20h28 atualizado às 22h51 - TERRA


Wislawa Szymborska era a poeta mais famosa da Polônia. Foto: EFE
Wislawa Szymborska era a poeta mais famosa da Polônia
Foto: EFE

A poetisa polonesa Wislawa Szymborska, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 1996, morreu nesta quarta-feira (1) aos 88 anos na Cracóvia vítima de um câncer de pulmão, deixando uma herança poética cheia de humor e ironia, na qual partia dos objetos mais simples para refletir sobre as verdades universais.
"Morreu em casa, tranquila, enquanto dormia", disse à imprensa seu secretário pessoal, Michal Rusinek, lembrando que a escritora foi sempre uma fumante incorrigível apesar das constantes advertências dos médicos.
A poetisa e ensaísta morreu rodeada por alguns de seus familiares e amigos mais próximos, entre elas a jornalista Katarzyna Kolenda, que posteriormente lembrou em entrevista ao canal TVN24 a personalidade de Wislawa. "Sempre que lhe perguntavam por que escrevia poesia ela respondia com um simples 'isso eu não sei'. Tratava seu trabalho como algo muito pessoal e com muita modéstia", comentou Katarzyna.
Embora Wislawa, nascida em Kornik, no oeste da Polônia, em julho de 1923, fosse a poetisa mais conhecida da Polônia, teve que esperar até a concessão do Nobel em 1996 para que sua obra chegasse ao resto do mundo.
Na ocasião, o comitê do prêmio reconheceu a rica poesia de uma autora a quem qualificou de "Mozart da literatura", destacando o humor e a simplicidade com a qual abordava as questões mais profundas, como a morte e o amor. O Nobel representou uma revolução em sua vida e na privacidade que sempre tentou manter, como a própria Wislawa reconheceria, já que causou "uma grande confusão, mas também grande alegria, honra, novas amizades e mudanças".
A autora destacou-se por uma poesia cheia de humor e pela habilidade em usar trocadilhos, presente desde seu primeiro poema publicado em um jornal local em 1945.
A jovem Wislawa foi surpreendida pela invasão nazista em 1939 e obrigada a realizar trabalhos forçados nas linhas férreas, o que não impediu que continuasse seus estudos em centros ilegais durante o período da guerra.
Posteriormente cursaria Literatura e Sociologia na Universidade da Cracóvia, onde viveu até sua morte.

Movimento Fala Brasil
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012




Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Prezado poeta Zé Augustho,

Tomei a liberdade de me agregar como seu seguidor, junto ao seu formidável blog
ZÉ POESIA.

E ainda faço divulgação dele, rsss.

UMA PENA, MAS A KATHLEEN, POETISA QUE ME REPASSOU AQUELES 20 QUADROS,
NÃO CONSEGUIU LÊ A RUBRICA DO AUTOR, E NEM EU, rsss.

Segundo ela, cada tela está assinada, mas quem consegue decifrar a rubirica, rsss?

Ah, vc fez parte de um seminário importante, só figurões, entre os quais vc também
era astro.


Parabéns pela participação no evento.

Aproveito a carona deste e-mail, envio-lhe o nosso sonetinho marruá do dia, rsss.

Mas, questão de espaço, não precisa preocupar-se com a publicação dele; é só para
o seu governo, pois sei que a temática do social lhe diz respeito.

Um abraço, poeta maior,

Gomes da Silveira, João
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DOAÇÕES À CRIANÇA

Dão-lhe agrados, migalhas natalinas,
bugigangas ou dixes muito usados;
dão-lhe as sobras e mimos refugados
por meninos burgueses e meninas.

São teteias das marcas mais cretinas,
em geral só de estoques importados,
ou berloques de preços nos mercados
os mais vis e vendidos nas esquinas.

Mas criança tão simples, já tão pobre,
que não tem nem sofás e nem a mesa,
vê nos “prêmios” doados muito luxo.

Como dos pais na mão jamais o cobre
fez-se a luz, nem sequer da vela acesa,
então lhe façam festa e morra o bucho.

Fort., 1º/02/2012.

A Pipa

Música Broder Bastos
Letra Zé Augustho

Dor do tempo

Música Broder Bastos
Letra Zé Augustho

Poeta recomendada


(desenho Zé Augustho)


  "...Estamos todos despreparados
para a honra de viver..."

Leia a poeta Wislawa Szymborska
Mini - conto - encontrado...

Ele chegou num lugarejo, onde o inimigo fora atingido e, lá viu seus soldados ajoelhados diante dos raios de sol, entre os cadáveres de seus cães e de suas duas mulheres, ele não encontrou o de sua filha, apenas o seu arco dourado de flechas luminosas. Ainda era cedo. E aumentaram os gritos....

Zé Augustho Marques