sexta-feira, 9 de março de 2012


Mulher da Flor Musical

Viaja sob a flor congelada de sangue
na vida das cores...
Tem fome de violinos e cordas!
Suicidar-se-à sob os beliscões
que desenham toda harmonia e
sedução. Parou a morte. Parou!
Parou a rotação da terra!

Obra de Andrew
Poesia Zé Augustho

                          

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Duas grandes mulheres das artes

a frente do seu tempo

APHRA BEHN


Nascida em julho de 1640 na Inglaterra, Aphra foi a primeira mulher a se tornar escritora profissional no Reino Unido. Sua vida e obra foram pouco convencionais e, avançadas demais para sua época. Produziu mais de 18 peças teatrais, dois romances e incontáveis poemas, quase sempre explorando a sagacidade do desejo lésbico. Iluminou em seu romance mais famoso "Oroonoko" a narrativa sobre a real escravidão africana, denunciando ao mundo das artes sua determinação de mulher, e de livre pensamento e independente. Morre em 1689.


COLETTE

Sidonie Gabrielle Colette (1873-1954), escritora e artista francesa, celebrou em sua época, o erotismo e a sensualidade da mulher numa escrita incomum e ficcional na construção do tema "feminilidade". Seu romance mais famoso "Gigi", adaptado para a Broadway por Anita Loos, com o papel principal para a então (ilustre) desconhecida Audrey Hepburn, lida com a socialização e a esfera dominadora do mundo masculino, em torno dessa jovem. Gigi, é o espelho e o reflexo dessa escritora e artista dos cabarés parisienses, nos anos da Bèlle Èpoque e Boêmia, sempre defensora da liberdade sexual e que também cortejava o escândalo sempre que possível desnudando os seios e simulando "ato sexual" durante suas performances no lendário Moulin Rouge. Aos 70 anos, assim como "Chèrri", adaptação de seu romance mais bem sucedido financeiramente , Colette assumiria sem nenhum pudor, que ainda continuava a ter amantes, homens e mulheres.

Zé Augustho Marques

quarta-feira, 7 de março de 2012

Boa noite, caro poeta Zé Augustho!

Enviei-lhe o soneto, mas não precisava você se preocupar
com a publicação, rsss.

Assim, fico encabulado de lhe enviar outros, rsss.

De qualquer forma, muito obrigado.

Hoje postei um anúncio publicitário do BUSCAPÉ, no
Recanto das Letras, sob o título DIVULGANDO LIVROS,
e transcrevi o seu escrito publicado no FALA BRASIL,
com todos os dados sobre a sua ilustre pessoa.

Caso queira dar uma olhada, ver se aprova ou não, veja
no Recanto, onde me assino como Gomes da Silveira.

Um abraço amigo e solidário, nobre gaúcho,

João Gomes

Exposição "O Triunfo do Contemporâneo" no Santander

Zé Augustho, Ana Beatriz e Caetano

Detalhe-público

Detalhe-público

Ana Beatriz e Caetano em frente a obra de Nuno Ramos

Gilberto, Zé Augustho e Roseli Deon com a obra de Plínio Benhardt

VERNISSAGE DIA 06.03 NO SANTANDER CULTURAL
(fotos MIGUEL COSTA)




               A Terra de Ninguém

                                 de Hannah Arendt



A escritora e ativista Hannah Arendt, após sua chegada  aos Estados Unidos, em 1941, dedicou um precioso estudo sobre o totalitarismo e sua face trágica no século vinte. Ela mostrou que o "totalitarismo" é o filho mais novo da sociedade industrial e que forma tecnociências combinadas com racismo e exclusão. Inscrito na lógica perversa dos sistemas de Dominação das cidadanias, esse regime nos traz sempre, um recuo das modernidades do pensamento social. E, mais longe no tempo, recusa conceitos orientadores e democráticos nas redes sociais! Exemplo: Facismo, Neonazismo, Homofobismo e outros ismos excludentes do nosso tempo... H. Arendt, uma intelectual de Hannover(Alemanha), de família Judia, nasceu em 1906 e faleceu em 1975. A partir de sua fuga de um campo de concentração de Hitler, em 1941, fugiu para Nova York, onde deixou para suas teses, riquíssimos "desafios" ao pensamento democrático do século 21.

Zé Augustho Marques

terça-feira, 6 de março de 2012

Aos amigos, um soneto de cunho social.

A todos, um abraço,

João Gomes da Silveira

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ARRABALDES
Casas sem luz, vielas sem asfalto,
subúrbios sem quaisquer benfeitorias
– é lá onde se empilham maiorias
carentes de comida e salto alto.
De todos a colher palavras frias,
arrabaldes são vistos como palco
das drogas e de quem comete assalto;
inverdades, que os maus são minorias.
E nos bairros habitam bons senhores,
mulheres de caráter, de decência,
pois filhos, pais e mães: trabalhadores.
As elites os simples discriminam,
mas destes é que elas, sem clemência,
dos braços que labutam se empanzinam.
Fort., 05/03/2012.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

domingo, 4 de março de 2012

Pintura de Bourgereau




                      Mulher sem Burka



Sob custódia da gnose

Clitórica impura, profilática,

inciência burra por osmose

dos magistrados, setenciosos

das setenta e duas virgens!

Tem a espada e o violino

à guisa do poder dos homens...



Zé Augustho

sábado, 3 de março de 2012


Mulher Bubliz de Bourgereau



...toda bela e augusta fênix branca

em seu desavir e discórdia

de versos esbordados

pelo branco da culpa



Zé Augustho

sexta-feira, 2 de março de 2012

Exposição comoveu comunidade internacional

by falabrasilcultura

Desde o início do mês de fevereiro, a exposição: “Que árvore você quer para o futuro? Não faça do lixo a semente.” vem recebendo adeptos de vários países e estados do Brasil. A mostra que estava instalada no Aeroporto Internacional Salgado Filho é realizada pelo DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, em parceria com a STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A., por meio da Gestão Ambiental da Rodovia do Parque, e tem como objetivos alertar e sensibilizar a sociedade para atitudes errôneas frente ao meio ambiente, em especial sobre o descarte de lixo em rodovias e estradas.
Com quatro árvores temáticas montadas com lixo e fotografias revelando diversos locais de descarte no entorno da construção da Rodovia do Parque, a exposição chamou a atenção dos frequentadores do aeroporto, como a educadora Cisi Verle e a filha Kelly de Santa Maria que aguardavam o voo para Brasília. “Achei formidável esta intervenção de arte de vocês. A natureza pede socorro e esta é uma maneira formidável”, diz a santamariense que sente pelo seu município não possuir coleta seletiva. A dentista Mariangela Servieri, de Porto Alegre, na breve passada para deixar uma amiga no aeroporto observa: “Chocante! O ruim é que são as pessoas que fazem isso. Além de aproveitar, conseguimos também estragar”, lamenta. Sandro Araujo, de Gravataí e funcionário da Infraero, diz ter assinado quatro vezes o livro. “Achei ótima a conscientização. O choque cultural é forte e se não houver uma mudança esta será realmente a nossa paisagem do futuro. Estamos plantando isso”, reforça.

Completando o registro de cerca de 15 mil visitações, a exposição com apoio da SEMA- Secretaria Estadual de Meio Ambiente que reforçou a mostra com o empréstimo da Colcha do Meio Ambiente, da INFRAERO e do Jornal Fala Brasil! recebeu no aeroporto o depoimento de chilenos, argentinos, americanos, uruguaios, paraguaios e de diversos estados do Brasil com mensagens solidárias de apoio e elogios, transformando a mostra numa mensagem e campanha de reflexão sobre os riscos palpáveis da degradação ambiental gerada pelo acúmulo e o descarte irregular de lixo.
A instalação itinerante permaneceu no aeroporto durante fevereiro e segue agora para Brasília, onde é parte da programação do Seminário de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e do Desenvolvimento Responsável, que acontece nos dias 13 e 14 de março, no centro de Convenções Ulisses Guimarães.


Comentário

quinta-feira, 1 de março de 2012

GUERRILHEIROS Informativo On-line
DA CULTURA Nº 26 – Porto Alegre, fevereiro de 2012
ESPECIAL: OS MELHORES DE 2011 NA CULTURA (E A CRÍTICA NEGATIVA)
Ainda que um pouco atrasado estamos apresentando os nossos indicados como melhores da cultura no ano de 2011
« MELHOR LIVRO DE CONTOS
Ciranda Negra, de Eni Allgayer Canto
« MELHOR LIVRO DE POESIAS
Os códigos da alegria, de Paulo Roberto do Carmo.
« MELHOR LIVRO INFANTIL
Por que o Elvis não latiu?, de Robertson Frizero..
« MELHOR LIVRO COLETÂNEA
Nesta categoria tivemos um empate: Joaquim Moncks e Amigos (org. de Neida Rocha) e Autores Gaúchos 2011 (Org. de Antônio Soares), que congregaram novos autores e outros mais experientes, mas todos com a mesma premissa de enriquecer a literatura e divulgar seus textos a todas as camadas da sociedade.
« MELHOR EDITORA
Alternativa, sob a condução de Milton Pantaleão.
« MELHOR PROJETO LITERÁRIO
Balcão da Cultura, criado pelo escritor Felipe Daiello, funciona no Grêmio Náutico Gaúcho.
« MELHOR ATIVISTA CULTURAL
Fernando Ramos, diretor do Jornal Vaia.
« MELHOR INSTITUIÇÃO LITERÁRIA
Estância da Poesia Crioula.
« MELHOR JORNAL CULTURAL
Fala Brasil, que funciona há mais de 15 anos, levando a cultura a todas as camadas da sociedade porto-alegrense, com a direção de Rosane Scherer.
« MELHOR PEÇA TEATRAL
Mosketeiras, direção de Luis Carlos Pretto.
« MELHOR CD MÚSICA
Pampa Esquema Novo, de Richard Serraria, que foi lançado em novembro de 2011, no Teatro de Arena, com produção executiva de Márcio Gobatto.
« DESTAQUE MUSICAL
Fernanda Krüger Trio, grupo composto por Fernanda Krüger (voz e violão), Lucas Krüger (contrabaixo fretless) e Luthiero Tacuatiá (bateria).
« CRÍTICA POSITIVA
Aos novos autores gaúchos, que foram verdadeiros heróis ao ingressarem no mercado editorial dos pampas, sem nenhum apoio governamental, com pouco apoio da mídia impressa e televisiva para divulgação de seus livros, usando de recursos próprios para publicar suas obras e sem nenhum patrocínio. Cabe aos órgãos responsáveis pelas políticas do livro uma atenção maior a esses autores, pois representam uma parcela importante da sociedade que constrói a cultura e fomenta o conhecimento.
« CRÍTICA NEGATIVA
A alguns setores da imprensa gaúcha que ignoram o trabalho de escritores, poetas, músicos, atores, diretores porque simplesmente estes não fazem parte da turma de ‘medalhões’ elencados pela grande mídia. O fato de um artista não estar na mídia não quer dizer que ele não tenha talento. Como o grande público terá acesso à arte destes agentes culturais se a maioria dos veículos de comunicação não os divulga?
« HOMENAGEADO ESPECIAL
Matheus Cony, falecido aos 27 anos de idade, vítima de Leucemia, um exemplo, que mesmo no enfrentamento da doença teve criatividade ao criar uma banda musical com outros internos do hospital onde passou os últimos meses. Neto da Secretária do Meio-Ambiente Jussara Cony, ele também produziu o documentário “Dias de luta”.
• 2º SARAU COM RITMO, no inicio de fevereiro, mais uma vez com grande público. Alguns tiveram que assistir de pé. Ótimos músiccos homenageando Caetano Veloso. Mais de 70 pessoas nesta edição na Casa Cultura Mário Quintana. Bira JR e Mila Pulita deram show. Mariah declamou. Obrigado ao público presente. É a força da inclusão cultural!
­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ P O E S I A S ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­
SONETO DA SEPARAÇÃO
Vinicius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
}Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda.~
Cecília Meireles
LUTA PELA CULTURA ♦ PELO FUNCIONAMENTO IMEDIATO DO CONSELHO MUNICIPAL DE LITERATURA
Contatos ' 8564-5281
Benedito Saldanha
«Membro da Academia de Letras do Brasil
Presidente da ALAPOA

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

        Depois do Baile
...um pedaço de papel
E, as palavras
sem cerimônia e mel
fora do inferno de Dante
quase que antissentimentais
descasaram a princesa
de seu Lancelot amante
sob o canto cinza das sílabas
Zé Augustho

Ramon Casas Carbó (1866-1932)
"Après le bal"(Depois do baile)sem data
Montserrat(Catalunha)
Museo de La Abadía

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012




             Para Madame Ginoux
Quero fazer de novo
um poema de poesias
solitário e selvagem
mui-aquém das alegrias
e-até zombar das palavras
E, fazer de novo
estremecer as livrarias

Zé Augustho Marques
(Vincent van Gogh(1853-1890)
"L'Arlesianne"(Madame Ginoux)
Óleo sobre juta 93X74cm
Paris Musée d'Orsay)

domingo, 26 de fevereiro de 2012



agora é  a hora
dos corvos
da sombra!
e  do grito!
Meu outro eu
está bicando
em mim
e meu degredo na hora do não sim!
Do meu segredo
na antiora do mergulho
meu  medo...
Preciso estar extinto
do meu arremedo
de fora
para dentro
Eu grito.

Zé Augustho Marques
(foto Ieda Cabrera)

sábado, 25 de fevereiro de 2012




                      Ausência
Ainda vou estar
livre do sono
quase d'água
de água quase
E, dessa ausência de mim
aconcheada em meus braços
e mãos doloridas
mas ausentes
como fogo de festim
alegrias sem cor e descrentes
da fé nas asas que não vôam
Querubim!
Que choro, rio e invento
essa nova saudade do nada
com cara limpa ao vento
gosto de soro e de lamento
arrancada pra dentro de mim
descolorida e estridente
espelho d'água no escremento
procurando vida de puleiro
ao dispenseiro da ferida
carregado pela ópera de um formigueiro
E, por fim parar no UTI
ouvindo do céu das janelas
o grito livre de um bemtevi!
Zé Augustho Marques


(foto Ieda Cabrera)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Arte Cerâmica - pote-livreiro - Senir Sander

Boa noiite, caro poeta maior!!!

Dá-lhes neles!..., rssss.

Beleza, a cambada do Planalto merece.

Agora, olho vivo, com o tempo, eles vão se 'aprochegando', rsss.

Gostei, muito obrigado, Zé, vou repassar para o nosso pessoal.

Um abraço, bons tempos,

João Gomes

                       "Os Fichalimpa"



Olá, seus parentes pobres

dos diabólicos vampiros nobres

novos políticos velhos de proveta

filhos daquela de saia e blusa

 e das punhetas de punheta...

Pois, eu vou lhes dizer à trote

que a caça a raposa

com  o corpo de coiote

Já começou e não terminou.

E, que uma parte

que não se reparte

da justiça do Brasil

Já, já, já se acordou!

Contra esse meretríssimo horror

que vocês aboletaram

pela força de um voto de favor       

com alegorias de coleira e cinismo

sem rosto e mem retrato

pra esconder do povo o cinismo

e sua comida do prato

do pobre brasileiro trabalhador

Pois só esperem por não esperar

que o carimbo de bom brasileiro

Já vai lhes -  na bunda, carimbar

E acabar de vez - "oxalá"

Com esse baita puteiro

mui sujo e particular...



Zé Augustho Marques

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


                              Surpresa!



solta A boca vágina

espalha de prazer

os líquidos frios...

Todos alfaiatados - página

de filhas bocas, pétalas

invisíveis no vidro d'água



zé augustho marques
(foto Ieda Cabrera)



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sesentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
Eque pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono dequem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar esofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
Eque se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.