quarta-feira, 12 de junho de 2013

12 DE JUNHO DE IEDA...




COISINHA FOFA, EU TAMBÉM TE AMO MUITO.....EmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmojiEmoji.....................

Poesia


Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.

Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.

Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.

sábado, 8 de junho de 2013

Poesia


Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.

Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de mordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

VAGNER CUNHA ALÉM

arte CD Fábio Zimbres
 
 
 
 
 

Haicai Além
 
Mais adiante
espelhante
mais longe
mui radiante
 
Tenho certeza que aqui, nesta resenha, dizer pouco é o principal, já que estou diante do "Além" de Vagner Cunha, que é muito. Muito mesmo. Muito da parte poética do muito. INTENSO! É demais ter dois ouvidos. Todos escutam o que o Vagner compõe e musica... O que o artista faz é, imanizar poesia em suas notações musicais que vão mesmo além...
O além está entre nós.
Impossível não ouvir!
 
Zé Augustho Marques

MARGS

De humani corporis fabrica
Anatomia das relações entre Arte e Medicina
______________________________________________________________
Quinta-feira, dia 6 de junho de 2013 - Museu de Arte do Rio Grande do Sul - 19h

*Para saber mais, anexo notas e:

Jornal Zero Hora / Reportagem de capa do jornal impresso, em 29-5-2013 – Tem muitas fotos

RBS TV, afiliada da Rede Globo em Porto Alegre, programa local Teledomingo, em 2/6/13


Exposição com obras de artistas convidados:

Alexandra Eckert – Objetos e Instalações
André François – Fotografias
Anico Herskovitz – Xilogravuras
Britto Velho – Desenhos
Bebeto Alves – Fotografias
Carlos Asp – Desenhos (Coleção Particular)
Cláudio Maciel – Objeto e Fotografias
Diana Domingues – Instalações 
Eduardo Vieira da Cunha – Pintura (Coleção Particular)
FernandaMartins Costa – Pinturas (e Coleção Particular)
FernandoBaril–Pinturas
GilbertoPerin – Fotografias
Jason Freeny – Imagem digital impressa em ofsete 
João Luiz Roth – Pintura (Coleção Particular)
Mário Röhnelt – Fotografia
PatrícioFarias – Instalação
Rochele Zandavali – Intervenção em fotografias/imagens apropriadas
Rogério Ribeiro – Fotografia
Walmor Correa – imagens impressas/atlas de anatomia
Francisco Stockinger (1919-2009) – Escultura e desenho das coleções Liba Knijnik e Jussara Stockinger

*Muitas dessas obras acima passarão a fazer parte do acervo do MARGS

Obras do acervo do MARGS:

Ale Amorim – escultura
Avatar Moraes – objeto
Carlos Bastos – pintura
Carlos Petrucci – pintura
Carlos Stein – fotografia
Cláudia Stern – cerâmica
Edgar Koetz – desenhos
Ernst Zeuner – têmpera s/papel
Flávio Emmanuel – têmpera s/papel
Francisco Stockinger – esculturas em gesso
Girolamo Pilotto – Cristo em madeira
Glênio Bianchetti – pintura
Guilherme Litran – Cristo, óleo s/tela
Henry Geoffroy – pintura
Jean Baptiste Debret – álbum litográfico
J. C. Reiff – gravura/buril
Jean Paul Laurens – pintura
João Câmara – pintura
Johan Strixner – desenho
Käthe Kollwitz – litografia
Luiz Zerbini – escultura
Nelson Ramos – pintura
Paulo Flores – pintura
Paulo Osir – pintura
Silvia Tovo – desenho
Carlos Bastos – pintura
Vasco Prado – escultura
Vera Chaves Barcellos– fotografia
Wilson Alves – litografia 

Peças de outros acervos
Obras de arte, fotografias, objetos e outras peças dos acervos das
seguintes instituições e coleções particulares

Peças variadas – Museu da História da Medicina do Rio Grande do Sul
Objeto  – Universidade Federal de Ciências da Saúde
Fotografias – Centro Histórico-Cultural da Santa Casa de Misericórdia
Documentos originais de Ciro Martins – Acervo de Celso Koetz
Fotografias originais (descarte)  – Departamento Medico Legal do Rio Grande do Sul
Mobiliário – Museu Júlio de Castilhos

SEXO FRÁGIL?


Maria Berenice Dias
Advogada
Vice-Presidenta Nacional do IBDFAM
www.estatutodiversidadesexual.com.br
www.direitohomoafetivo.com.br

www.mariaberenice.com.br
www.mbdias.com.br
É o que todo mundo diz, que a mulher é o sexo frágil! Talvez porque sua compleição física seja menor. Quem sabe por que sangra todos os meses e precisa de algum resguardo enquanto grávida. Mas o certo é que foram os homens quem criaram este mito. E o pior, as mulher acreditaram.  Afinal, é uma situação de conforto. Dá uma certa tranquilidade ter alguém responsável pela gente. E, se eles são o sexo forte, assumem o dever de cuidar, de proteger.  Não é por outro motivo que o homem tem que sempre ser mais: mais velho, mais alto, ganhar mais, tudo sempre mais...
Desta condição de provedor, de superior, ao sentimento de propriedade é um passo. Então ele passa a mandar e ela a obedecer.  Tem que se submeter. Ora, é dela a responsabilidade de cuidar da família, dos filhos, da casa. Ela é a rainha do lar!
Será que não está nesta assimetria a origem da violência doméstica? Uma realidade invisível, até o advento da Lei Maria da Penha.  Ela chegou desacreditada, mas acabou empoderando as mulheres que passaram a não mais se submeter ao jugo masculino. Começaram a ter coragem de denunciar, da buscar a proteção legal.
Pela vez primeira passou a ser quantificada a violência contra as mulheres, e os números se revelaram assustadores. Com certeza não existe lei que tenha uma efetividade mais imediata. Concede medidas protetivas e autoriza a prisão de quem as desobedece.
Só que nem a justiça e nem os poderes públicos estão conseguindo dar conta desta realidade. Basta atentar que no Rio Grande do Sul, em seis dias, oito mulheres foram mortas.
Mas o mais surpreendente ainda é a cultura que parece conceder ao homem o direito sobre a mulher que - pelo que todos ainda reconhecem - é a mulher dele. No mais recente episódio só depois de 20 horas a polícia agiu. A determinação da autoridade policial foi ter paciência. Mas até quando teremos paciência? Quantas mortes, quantas mulheres violadas e violentadas será preciso contabilizar até que as autoridades assumam a sua responsabilidade de assegurar proteção a que se encontra em situação de vulnerabilidade?
É chegada a hora de as mulheres deixar de serem tratadas como pessoas frágeis que estão protegidas no recinto do seu lar doce lar!


Poesia


Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem e matam
a cada instante de amor.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

CHAN SOLDATELLI

 
 
felino menino
branco felpudo
"mi" nota musical
miau - miau
 
 
 
foto Ieda Cabrera


Música

Bienal de arte

O FENÔMENO BIENAL DE ARTE




A proliferação de bienais de arte no mundo, nas últimas décadas, chama a atenção para o espetáculo e a banalização da chamada “arte contemporânea”. Conforme o tipo de público, de curador, de artista, de patrocinador existe um modelo de bienal. Cada uma com suas especificidades, umas privilegiam a universalidade, outras as linguagens regionais, cada uma imprime sua marca. Qualquer coisa pode ser transformada em material artístico e qualquer lugar pode ser estetizado. Tem as dos grandes centros e as de periferia. Por trás está um sistema econômico que envolve negócios, turismo, entretenimento, economia criativa. Essas mostras não se sustentam de demandas culturais. O ingrediente cultural é como aquela pitada de sal lançada sobre a porção de batata frita.

Uma bienal de arte serve para apresentar novos produtos, ou “novos autores” de um “déjà-vu” para aquecer a sociedade da mercadoria. Com o fim da modernidade e as histórias das grandes inovações na arte, em termos de novas formas e técnicas que surpreendiam, veio uma sensação de esgotamento estético. A solução do mercado foi investir no inusitado da ideologia da juventude, no que parece ser e revelar “novos talentos”. Não temos mais as surpresas modernas, a exemplo do Cubismo, então, reinventam-se outras com a ajuda do departamento de marketing, porque o consumo se abastece através do fantasma do novo. Mas a arte precisa mais de reflexão do que de talentos surpreendentes.

As bienais estão ligadas ao mercado como amantes apaixonados, dependentes um do outro. Se elas não são centros diretos de consumo, estão indiretamente à serviço do consumo de mercadorias culturais e de lazer. O alto custo de sua realização implica na participação decisiva de investidores, patrocinadores com expectativas de retorno. O montante considerável que movimentado anualmente mostra que o mercado está em alta. Entre a brincadeira e o ininteligível expostos, a mostra é uma vitrine onde as galerias apresentam jovens artistas e suas novidades para ser valorizados e receber o selo de garantia cultural. Espera-se do artista de bienal que ele tenha prestígio, reconhecimento e valor de mercado.

O sistema das galerias acaba exercendo forte influência na escolha dos artistas, muito bem justificado e disfarçado no discurso do curador. Participar de uma bienal é uma experiência no currículo de uma artista que contribui para a sua inserção no mercado de arte. Até trabalhos gerados pela intuição, na total ignorância da arte produzida no passado, são valorizados e etiquetados. A história da cultura não interessa para o mercado, mas a culpa não é do mercado nem do artista, e sim, de uma sociedade perversa que tem como referência a mercantilização da cultura.

Uma quantidade crescente de artistas, curadores, marchands reivindicam e apontam como alternativa para a divulgação e desenvolvimento da arte, a criação de uma bienal. Em centros com museus precários, com dificuldades de manutenção, ensino de arte comprometido, tem um crescimento indiscutível da produção de “arte contemporânea”. Apelar para uma bienal é uma forma de escoar e dar visibilidade a essa produção. A cada dois anos uma safra nova de artistas desperta a atenção da mídia e do comércio. As bienais são as partidas preliminares das feiras de arte, elas criam público e incentivam compradores.

Almandrade
(artista plástico, poeta e arquiteto)








Chapéus

Chapéus criados e confeccionados por Maria Ines Teixeira.
 e aproveite para encontrar o chapéu certo
 para passar o outono com a cabeça quentinha. 
 

--
MARIA INES TEIXEIRA
Telefones: 51 3286.1557 | 

8289.5210



DEPOIMENTO

 

FRUSTRANTE

É frustrante a ausência do nosso FALA BRASIL, o melhor jornal de cultura do RS. Só nele se sabe em detalhe o que ninguém publicaria sobre músicos, poetas, atores, bailarinos, pintores, escultores e suas obras. O que se pode fazer para abrir a cabeça e mexer nos bolsos atrofiados dos "donos" das verbas, principalmente aqueles que movimentam recursos de grandes instituições, quando, como se constata, optam por apoiar/patrocinar "lixo cultural" ou, provincianamente, SOMENTE o que é de fora e até dispensaria patrocínio?!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Tango


São 4 minutos de belo tango e música portenha ! ! !
 

 

 

Fundação Iberê Camargo

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Depoimento

 
Maria Ines Teixeira comentou o link de Fala Brasil Cultura.
 
Maria Ines escreveu: "Estamos vivendo um tempo onde é cada vez mais necessário divulgarmos a cultura, a arte, as riquezas de nossa terra. O Fala Brasil Cultura tem se dedicado a nos manter em contato com a nossa própria história através da divulgação da música, do teatro, da dança e tudo mais que é produzido aqui. Não podemos permitir que se cale o “Fala Brasil Cultura” que é de todos nós, é a cara da nossa cidade, é mais uma luz sobre a arte e a cultura de Porto Alegre

Depoimento

 
Affonso Romano Santanna comentou seu link.
Affonso Romano escreveu: "Esse FALA BRASIL não pode calar!"

Chacina


CHACINA FASCISTA

Ao índio Oziel Gabriel,

morto no MS
 

Armados até aos dentes,

vão à guerra os federais

versus indígenas tontos,

porém desarmados, prontos

à guerra dos desiguais.

(Re)integração de posse

do que foi posse indevida

por guloso fazendeiro,

dono de farto dinheiro,

gente bastante atrevida.

No local, índios Terenas

a querer somente o seu,

a terra dos ancestrais,

sem qualquer pedaço mais,

do jeito que Deus lhes deu.

Neste país cabralino¹,

com tanto progresso à vista,

é fato que não se enterra:

morre mais gente sem terra

do que se atropela à pista.

Vejam, lá no Mato Grosso²,

onde estava assentamento,

um índio tombado à bala,

um crime que não se cala,

já desde o descobrimento.

Isto vale por ser dito

que, em mais de 500 anos,

a mudança não mudou,

e o latifúndio matou

pela mão dos desumanos.

No Brasil, não só foi morto

torturado ou comunista:

ainda também se mata

(dos tribunais vem na Ata)

quem tem sangue indianista.

Uma lástima, senhores,

são crimes sem pudicícia!

Índios foram metralhados

a mando de potentados,

justo nas mãos da polícia.

Uma lástima (das grandes)

que o latifúndio prospere,

tanto mate e pinte e borde,

e não há voz que discorde

que o dragão só nos impere.

Com mais um montão ferido,

todos índios fuzilados,

qual de sangue numa orgia,

em falsa democracia

de partidos paus-mandados.

Não me vergando a partido,

apesar de um socialista,

para já mostrar-me lesto³,

aqui lavro o meu protesto

contra a chacina fascista.

Fort., 1º/06/2013.
 
João Gomes da Silveira

- - - - - -

(¹) Cabralino adj. Relativo ao descobridor luso Pedro Álvares Cabral.

(²) Mato Grosso s. m. Na verdade, na Fazenda Buriti, Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul.

(³) Lesto adj. Que se move com desembaraço, ligeireza; que mostra agilidade, velocidade; lépido, expedito, rápido, apressado, ligeiro, ágil.