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sexta-feira, 24 de abril de 2015

SONETOS EM REVOADA


 
 

Se o grande Leonardo da Vinci disse que "beleza é a proporção harmônica", então eu digo a passos largos, que estilo e singularidade, são créditos do saber "romanticista" da íntima beleza métrica do João Gomes da Silveira.

Em espanhol, por la sonoridad, mientras yo quiero revelar que la riqueza de su poder sensitivo, com la matización ennoblecedora del dolor de la poesia, acompaña siempre la existencia humana que acrece las palavras de Silveira "Marruá", siempre desnuda... Una chispa eléctrica que hiere las molduras... con rasgos de beleza, em seus novos "Sonetos em Revoada", (...) agora teus, leitor...

 

Zé Augustho Marques

sábado, 14 de fevereiro de 2015

DOLORISMO CULTURAL



 

Começo por este termo criado por Paul Souday que quer dizer, a teoria da utilidade, da necessidade, da excelência da dor filosófica em que estamos mergulhados. Com seu caráter ilegítimo e ilusório, assim como ao criticismo dessa dor espontânea e não solidária, está seu dogmatismo de não duvidar da realidade atual e involuntáriamente escolhida; determinando assim nova ordem intelectual. Hoje a intelectualidade brasileira, trata seus fins em si, além de seus umbigos despojados por piercings de domínio metafísico e que duvida da própria dúvida. Sou ou não sou invencível? Sou triste pela dor que sinto ou sou dolorido por esta tristeza que sinto? Pois quero chamar a atenção para esse dualismo social e político corrompedor da evolução humana e do pensamento. Nossos intelectuais estão comprometidos, com raríssimas excessões, e uma delas é o filósofo Pondè, com as coisas do poder e suas dúvidas pseudodemocráticas de comunicação duvidosa. Temo pela enunciação contraditória dos facebook's sempre duvidosos em que se intrometem! O tempo é uma medida de duração do pensamento! Parece que vivemos uma paranóia genéticodigital e intelectofobias na tecla revolucionista do pensamento... A ordem de "atenção", está invertida e indica que dúvida, hoje, é perturbação mental. E em arte, para nossos artistas, ruminação de problemas metafísicos! A classe intelectual e artística está sendo jogada aos micróbios dessa ausência do pensamento e ao teatro midiático do escrúpulo de cestas básicas culposas... Sem a intenção de matar, com bêbadas atitudes de se denunciar no bafômetro das rebeldias... A síndrome da ausência de dor ou "dolorismo intelectual" está avançando perigosamente o sinal; pois sem as  funções do juízo e da vontade não se faz resistência! Acordar não é o mesmo que concordar...

Zé Augustho Marques

 

Comentário de João Gomes da Silveira:

Boa noite, caro filósofo.

Pelo afiado, contundente texto que acabo de ler, sem favor nenhum, aos seus dons de poeta e crítico de Artes também já lhe podemos acrescentar mais este qualificativo: filósofo.

Com língua de fogo, eis crítica mordaz à intelectualidade da qual o próprio amigo Zé Poesia, com muitos méritos, é parte integrante.

Bicho miúdo, que sou, só o mero cidadão do povo, leigo em tudo das profundezas mentais aí dissertadas, Deus me livre de retirar-lhe uma vírgula ou meter a colher na sapiência do seu belíssimo e escorreito ensaio.

Parabéns, hombre, o nosso mais surpreendente crítico - também - da filosofia social, e com bastante erudição.

Abraço, um carnaval de muita paz, ao lado dos seus familiares, poeta maior.

JG

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Árvore em Soneto de Liceu


 

 

Sob teus galhos de flamboyant
flores sossegadas
vibram os cantos das cigarras.

Em louvores de alvoradas.
 

À tarde colcheias de passarinhos.
Árvore Maria, de preces aladas
na sombra amiga que sentamos
no cheiro das cascas esgarçadas.
 

Tu na voz vidente e formosa
desafia os ventos e rajadas.
És, pois às todas vias.
 

Às meiguices a casa mãe dos bichos
a balançar teus galhos
com a fonte das meninices.

 

Zé Augustho Marques

Comentários:
 
Epa!... Boa noite.
Duas construções indestrutíveis.

Morta, daqui a cem anos, a árvore
ainda estará na foto.

E o soneto, de muita sensibilidade,
eterno será. Belezura!
Tenho um que fala do meu velho
Liceu do Ceará, longe da beleza
e da simbologia do seu.

A ilustração com esse vegetal
é algo ciclópico.

Abraço, caro poeta maior,
muita paz, ao lado dos seus.

João Gomes

_________________________________________________________________
 
Que coisa mais linda, Zé!
Poesia linda, coisas que quase não lê mais hoje em dia!
Obrigada por partilhar tanta belezura!
Bj
Silvia Abreu 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Poesia para Laura

 
 

              Laços  de  Amor

                                   
Ela mora no espaço

do coração pai descompasso

no mundo profundo

do amor de mãe

que vai fundo

levando beijo pai de amassos

neném de todos que a vêem

numa vontade doida de abraços

Laurinha dos lindos laços de vida!

 

Zé Augustho Marques

set-2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Soneto


            "Soneto do Insilêncio"

 

Caro João, príncipe dos sonetos

Caríssimo Gomes da Silveira

Marruá da paz dos olhos de tigre

teu livro um alerta passión a insubmissão.

 

Humanizando "o pior silêncio"

esse social surdo

que colhe a ignorância

com flor sem cor.

 

Esse silêncio, "tão a jeito de ti"

que berra o adentro prá fora

sempre impiedoso.

 

Com a tua poética

sempre maravilhada

cercada de inteiros versos...

Zé Augustho Marques


terça-feira, 16 de setembro de 2014

100 Anos de Lupi

Resultado de imagem para lupicinio rodrigues
..... há se soubessem o que eu sei........
que a felicidade um dia foi embora e a saudade no meu peito
ainda mora no coração de todas as Marias Rosas com suas cadeiras
vazias por puro castigo de amar um grande amor................

ZÉ AUGUSTHO MARQUES

quarta-feira, 9 de abril de 2014

MEU PEDACINHO DE CHÃO

 
ALELUIA................. FINALMENTE TEMOS ALGUMA COISA NOVA NA TV BRASILEIRA
A NOVELA DE BENEDITO RUI BARBOSA COM A DIREÇÃO DE LUIZ FERNANDO CARVALHO, MEU PEDACINHO DE CHÃO, ELEVA AO POTENCIALISMO MÁXIMO A
DRAMATURGIA EM NOSSO PAÍS, TRAZENDO SONHO COMBINADO COM UM
BARROQUISMO IMPRESSIONISTA INDIZIVELMENTE LÚDICO E POÉTICO.
ALELUIA................

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Coração de passarinho

 
NINHO

Não gosto muito de saber
As verdades do mundo.
Prefiro inventar ...
Minhas próprias verdades.

Por vezes raras
Vejo jornais.

Ontem vi uma mãe
Chorar o filho morto a tiros
Por animais que professam
Pertencer à espécie humana.

Ao descer do prédio,
Deparei-me com uma mãe beija-flor.

Ela construiu seu ninho
Em cima da minha garagem.

Quando me viu, colocou-se entre mim e o ninho,
Batia as asas, ameaçava atacar-me,
E retornava à proteção de seus ovos.

Cheguei a pensar comigo:
Será que essa mãe viu o jornal da tarde?

Olhei bem para aquele ser minúsculo,
Dócil, frágil,
Que tentava afugentar-me a todo custo,
E disse:
Fica em paz,
Minha forma ainda é humana,
Mas o meu coração passarinho.

Nara Rúbia Ribeiro

sábado, 11 de janeiro de 2014

SONETO...

Soneto a quatro mãos

 
His_old_wedding_hat-specenlayh

Soneto a quatro mãos

 
Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
 
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
 
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
 
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
 
Vinícius de Moraes e Paulo Mendes Campos
 
Pintura: Charles Spencelayh (Inglaterra, 1865 - 1958)
 
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

OLHA...


                                        

Olha a sombra que

desmerece esse olhar

de humildade

desigual.

Vê a verdade

ancorada na

gravata...

 


 
texto Zé Augustho Marques
arte Ruth Schneider

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A SINETA

#LUTO #LIVROS #PORTO ALEGRE Morre Júlio La Porta, o xerife da Feira do Livro 

 Morreu José Júlio La Porta, 80 anos, conhecido como xerife da Feira do Livro de Porto Alegre, ontem, por volta das 16h. Internado desde segunda-feira passada no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, ele estava com Alzheimer em estágio terminal.

O velório de José ocorrerá no Crematório de Porto Alegre. A cerimônia de despedida está marcada para 18h desta quinta-feira.

Há dois meses, xerife havia sido internado numa clínica particular da cidade junto com a mulher Cecy La Porta, 87 anos, que também sofre da mesma doença. Eles estavam casados há 63 anos e tinham dois filhos e seis netos.

Na semana passada, o Diário Gaúcho havia publicado a situação atual do homem que durante 35 anos abriu e encerrou o maior evento literário da Capital. Uma corrente de fãs passou a visitar a banca de revistas dele, na Praça da Alfândega, onde o filho segue com os negócios da família. Admiradores do xerife prometem tocar sinos na abertura da Feira, como forma de homenageá-lo.

Conforme a organização da Feira, a Câmara Rio-Grandense do Livro também prepara uma homenagem a José. Mas não revela qual. Emocionada, uma das organizadoras do evento, Jussara Rodrigues, afirmou que ainda tinha esperanças de vê-lo na abertura.

- Ele era um querido, uma pessoa amada por todos. Todo o tipo de homenagem a ele será pouco por tudo o que o xerife representou — disse.

A história dos badalos começou em 1976. A pedido do então presidente da Câmara do Livro, Maurício Rosemblat, José abria e encerrava a feira tocando um sino. Esta seria a 36ª participação consecutiva do xerife na 59ª Feira, que será aberta em 1º de novembro.
Aline  Custodio/ZH
 
 
 
A SINETA DO NOSSO "XERIFE" DA FEIRA
 
VAI TOCAR A CADA LIVRO QUE SE ABRIR...

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sábado, 19 de outubro de 2013

Cão Musical


NATIVO,
 FILHO DE PELO DO PATINETI

Na verdade, o cão seria do Caetano, filho do Patineti. Mas o Caetano cedeu a adoção ao Patineti. É um cusco especial. Nunca recebi tamanho prestígio de um vivente tido por irracional (eu considero que os animais têm racionalidade, apenas limitada à existência, sem eu filosófico). Quando comecei a cantar DISPARADA, dando uma canja com os Sperandir na Fazenda do Pontal, o NATIVO chegou e sentou comportadamente com os olhos em mim. Mal terminei de cantar e ele se retirou. Não é gratificante? Imita o adotante. Quem sabe procurava um jovem novo talento musical? (kkk)


PROVA DE QUE O NATIVO GOSTA DE MÚSICA

Esqueci de postar na postagem anterior a foto que prova o interesse do cachorro Nativo, filho adotivo do Patineti.




     



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

NORMA BENGEL


Norma Bengell fez história em 1962 ao aparecer no primeiro nu frontal do cinema brasileiro, aos 27 anos, no filme 'Os Cafajestes', de Ruy Guerra (Foto: Reprodução/Canal Brasil)
 
 
FOI SER NUA COM A POESIA DO SEU ETERNO E PRIMEIRO........................................NÚ.
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Bichos Intrometidos

 
AO AUTOR JOÃO GOMES QUERO DIZER: É PRECISO URGENTE TER
ESTÔMAGO DE AVESTRUZ, PARA COMER TODA A EXUBERÂNCIA
DESSE TEU NOVO ELUCIDÁRIO LINGUÍSTICO POPULAR.
SOU UM GLUTÃO SAGRADO PELA POÉSIS DAS EXPRESSÕES CONTIDAS NO LIVRO.
JÁ NÃO PARO DE LER.................
 
ZÉ AUGUSTHO MARQUES

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Esta terra...

 
 
 

             Esta Terra Tem Dono

 

Não é não, só pelos 0,20 centavos que o recado das ruas faz-se ouvir e ecoar por todo o país! São 513 anos que o povo brasileiro vive oprimido pelas oligarquias contumazes de posseiros, grileiros, burgueses reacionários, encruzilheiros democráticos disfarçados de republicanos, políticos pastoreiros com suas cruzes asfixiantes, saneyristas, calheiristas, garibaldistas, colloristas, lalauístas, lulistas e seus 40 ladrões...  As ruas para quem ainda não entendeu seus recados, criticam um modelo político que agoniza no SUS que essa gente criou, com todos os seus poderes, partidos e instituições. É preciso lembrar de Sepé Tiarajú, herói indígena que nunca levou balas de borracha e nem tampouco foi asfixiado pelas formações de quadrilhas, há época de sua brava luta, que bradou até a morte: "Esta Terra Tem Dono." Alerta! O massacre de índios continua, o massacre com os aposentados também, o massacre do transporte público enssardinha o usuário, o massacre na saúde rouba a esperança de vida, o massacre da insegurança pública saqueia a liberdade do cidadão e o pior massacre de todos é o da criminalização dos direitos civis que não são respeitados, apenas viram estatísticas...  Vamos gritar " Esta Terra Tem Dono" e acabar de vez com os posseiros do Brasil.

 

Zé Augustho Marques

sábado, 3 de agosto de 2013

MEDIADOR

Recebi do professor Círio Simon esta maravilha de apreciação crítica,
sobre meu texto " O Fim da Arte e a Arte do Fim" com ilustração de
Fernando Baril, publicado nas Revistas  Caosótica e Dartis,
e no Jornal Fala Brasil, que segue abaixo.
 
 
 
 
 
art'mail Zé Augustho

 
obra de Jules Santin

Porto Alegre, 03 de agosto de 2013

 

Caro Poeta Zé Augusto

 

Recebi a revista FALA BRASIL, li o seu texto e você me pede uma opinião.

Creio que no centro da preocupação do seu texto está o exercício do papel do mediador entre o artista e o seu público.

Evidente que a obra do artista é primordial. No entanto parece que temos mais mediadores, atravessadores e tuteladores de artistas do que obras de arte.

Daqueles que cumpriram brilhantemente a função de  mediadores em Porto Alegre,  que já se foram, podemos destacar os nomes dos três nomes de Olintho de Oliveira (1865-1956), Mario Totta (1874-1947) e Érico Veríssimo (1805-1975). Olintho foi o primeiro crítico de arte do Correio do Povo e realizou um movimento que redundou na constituição do Conservatório e da Escola de Arte que continuam a visão deste pediatra. Totta criou e manteve a Revista Máscara, enquanto pode,  e que foi, junto com a Madrugada, escola para a Revista do Globo onde Érico  é a figura incontestável. O trabalho destes três mediadores ainda jaz sem grande estudo sob esta ótica.

Como se percebe no seu texto não há o menor resultado para o artista jogar ou expor o seu coração partido, dilacerado e sangrando no balcão do armazém ou na gôndola do supermercado. Este apenas está preocupado com o resultado do tilintar das moedas ou dos cartões de crédito que caem ou passam na caixa registradora. Este artista, se resolver fazer parte deste jogo ou sistema de arte, necessita aprender algo de Marcel Duchamp. Ele sabia o que estava fazendo com os mediadores, atravessadores e tuteladores mal intencionados. Ele os fazia correr como ratinho num laboratório, os embrulhava e os colocava diante de um mictório que até hoje não sabem explicar como “obra” sem dar razão e a última palavra o artista. Este se divertia e se ria com este sistema no qual estes mediadores, atravessadores e tuteladores mal intencionados eram os “bonecos” dos pretendentes da noiva do seu “Grande Vidro”.

A crise inicia no momento em que se inverte esta relação e os mediadores, atravessadores e tuteladores tomam conta do artista. Este é encaixotado, treinado como ratinho num laboratório e  transformado em espetáculo e em produto dos seus eventos que engordam as contas e forram os currículos destes mal intencionados. Não faltam nomes para estes marqueteiros que se oferecem, e até pagam, para serem “produtos” de propaganda dos seus eventos. Se não derem certo, neste sistema perverso, existe um cortejo de candidatos sorridentes dispostos a ocuparem o lugar do malogrado nestes eventos.

No seu texto ressoa ainda o praguejar de um Miguel Ângelo contra estes mediadores, atravessadores e tuteladores mal intencionados. No seu texto não cessam, através dos tempos,  os argumentos de um Diderot mandando o público olhar as obras, antes de qualquer juízo. No seu texto faz sentido ainda a paranoia de um Nietzsche diante dos inchados egos dos oniscientes, onipotentes, onipresentes e eternos surdos, mudos e cegos para a natureza da obra de arte.

A passagem por um mestre, por um grupo ou numa universidade só pode ensinar ao candidato ao artista o cultivo continuado do hábito da integridade intelectual. Este exercício não é posterior ao momento da criação da autêntica obra de arte. O artista faz o seu tempo, está atento ao momento oportuno e único da obra de arte. Esta obra é competente para carregar consigo este momento. Ela constitui o testemunho eterno e universal daquilo que foi o ENTE do artista naquele instante da criação.  Evidente não se trata da obra de arte proveniente do solipsismo, 100% original e fruto de um ego inchado pelo onisciente, onipotente, onipresente e eterno que se finge de surdo, de mudo e de cego ao seu tempo e lugar. Tal obra estaria no caminho direto da Natureza, da obsolescência imediata e da paranoia.

Na leitura do seu texto se evidencia que a atmosfera cultural brasileira ainda está carregada com enxofre tóxico do colonialismo e da eternamente renovada da escravidão e das suas correntes, mesmo que sejam de ouro, matam o artista. Evidente que temos todas as  razões para nos desculpar desta situação.

- Mas por que não mudar?

No entanto o fato concreto de aceitar a ideia da mudança exige a ruptura epistêmica com a escravidão e o colonialismo e a colocação de um projeto na linha que no passado seguiram um Olintho, um Totta ou um Érico- enquanto puderam -.  Não dispunham do sistema LIC e não aceitaram nenhuma mediação, atravessador ou tituladores que jogasse a sua vontade criadora na situação da heteronomia colonial e escrava.  Sabiam, como Kant, que “a sanção moral dos seus atos estava na proporção da autonomia de suas vontades”.

Assim cabe ao artista a  escolha ou do caminho cômodo da heteronomia de sua vontade ou, no contrário, seguir pela senda estreita e arriscada da autonomia de sua vontade. Depois da escolha resta administrar as perdas decorrentes desta escolha única. Nesta escolha o  ecletismo é o refúgio das maiores covardias” como já ensinava Mário de Andrade.

Espero não ter feito o papel de um mediador, de um atravessador ou de um tutelador mal intencionado. Cabe-me o papel, apontado por Nietzsche, de agir como o temerário mais inútil e cujo objetivo é mostrar o caminho para o sobre-humano que mora em cada civilização ou em cada obra de arte e que sempre incomoda, contraria e desestabiliza as motivações do ser natural.

Outras ideias complementares estão no texto Um OBSERVADOR ATENTO, INTERATIVO e CONSEQUENTE”, na postagem:


 

 

Círio SIMON

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dia do Escritor

 
NESSE DIA, DE VERBETES E REMISSÕES, DE ACOSSONANTADOS
VERSOS E RUGIDOS TEIMOSOS, PARA DIZER ALGO QUE TALVEZ NEM SEJA LIDO,
TORTO, ASSIM SEM SER TORTO Á FÁBULA QUE ME INTROMETO POR COPLA DE ARTE MAYOR, QUASE UM MENESTREL DE JOGRAIS E JÔNICOS POR QUATRO SÍLABAS DECLARADAS, LEÃO QUE RUGE PELA LIBERDADE DE GRITAR PELO SETE VENTOS, E
DESLIZAR SEU TROQUÉU DE SONS POR UM GATINHO DE MADAME ESCONDIDO NO CONFORTO DAS MÍDIAS E O ACALENTO DAS EUFONIAS QUE NADA DIZEM AO LEITOR
QUE ESPERA POR PREGUIÇA QUE LHE DIGAM TUDO MASTIGADINHO...........
 
ZÉ AUGUSTHO MARQUES

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Velhos Novos Casais




                          Velhos Novos Casais

 

Ela quer um amor

de identidade fluida

de cumplicidade líquida

de resgate hiperconectado

de coração e intelecto

de um beijo predileto

de boca com dois lados

A e B - não importa

Ela, ali mesmo, de momento

quer ser perdida

e pedida em casamento...

 

Zé Augustho Marques