Se puderes ou se quiseres
Rasga estes versos que te fiz
E deixa-os queimar sobre o fogo
ao arrasto de um vento de giz
Porque toda poesia é tempestade
Que volta ao nada
E do nada dá-nos unguentos
Do teu partir
quase aos pés do esquecimento
Pois julguei-te grande demais
agora ainda maior pequena Espanca
Só, não só por teu envenenamento
te perdo-o por ti morreres
não por teu endoidecido sentimento!
Mas se decorares meus versos
bem antes de os jogares à sarjeta
envia-me tuas violetas
todas lindas mensageiras
de poesia ardente
a clamar comigo, por ti novas carícias
dos Deuses da vida
A Flor bela e latente
que a saudade Espanca!
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