A morte se ia com ele
E ele, se ia sem ela
Com seu dandar
desarrumado de menino
esquinado pelo sono do destino
da vida louca desse caminhar
com cada sapato arruinado
a bico de salto vespertino
Ele se ia sem ela
Pela vida rasgada que o pariu
vívido e válido
como cão gentil
a espera de um gemido
quase cínico grunido
Num olhar de pouso
dessa velha com fuzil
apontando-lhe o gatilho
bem no meio da chama
com seu apagado riso
na fila do medo
chamada de morte
ou de arremedo
Porém ele com sua estrela
ia desdenhando
desta velha moça
estrada de sul a norte
E ela na sombra da estrela
Se ia com ele
E ele, Estrela Estrela
Se ia sem ela...
Poesia de seu andar
Até a noite se acabar...
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