Hoje, nesse
exato momento de 2013, nos deparamos com uma imagem arquitetônica no Brasil,
fatiada e reinventada pelo frenesi da urbanidade de encruzilhadas. Nossas
capitais não possuem mais a vocação por suas ideologias de bem estar e
humanidades... Só existe a "tara" pelo manifesto sobre as
desigualdades sociais. Mas isto um Metrô resolve, ou um shopping neo alargado,
também. O crescimento desenfreado de arabescos e portais de desenvolvimento,
também resolvem. Mesmo que ejaculem descartes facílimos e rápidos nas bundas
dos córregos e nascentes que viram sómente estatísticas fraturadas pelo verdugo
das licitações e, imcompetências burocráticas. Não há conexão com o futuro, nem
o compromisso com a visualidade urbana nessa fragilidade de diálogos que emitem
vozes surdas e masaicos de "pichaffitis" que servem como murais e
suportes pictóricos para referendar nossa própria estupidez! Nessa arquitetura
desloucada da paisagem e em trânsito ou transitóriamente desimaginada de um
futuro real, estariam Jean Michel Basquat e Keith Hering, hoje fazendo
releituras dos muralistas mexicanos, Diego Riveira, Siqueiros e outros,
denunciando a feiura desigual da sociedade contemporânea. Cada qual a seu
modo... As paredes não são apenas o sustentáculo
das obras, mas sim também os seus suportes. Uma parede também serve para
colocar o quadro negro ou a lousa que vai projetar o ensino correto da obra.
Sem mimetismos! Sem a intromissão do burocrata disfarçado de camaleão ou de
político subvertido pelo enforcamento dos parques, das ruas e avenidas.
Precisamos urgente, deixar de sermos anônimos sobre a tela branca das
fabulações, que pinta um quadro de cores ácidas, invertidas e não
complementares aos limites de uma
arquitetura que caminha pelo fio da beleza incrongruente e esquece da narrativa
de suas cidades. Que sempre tiveram um começo, um meio e talvez agora um fim...ININSUSTENTÁVEL.
Zé Augustho Marques
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