São vozes da periferia
São vozes de gado desmarcado
que escorrem da torneira
do grito que pinga à revelia
do quintal e da laje, no jardim
E, alguém ergue um varal
outra voz sozinha
Junta-se com outra no girau
Da cidade do morro
que tem mais
vozes – fora do jornal
com suas sirenes de socorro
descendo prá cidade asfaltada
com o poema da Palavra que finda
na lâmina do sono – deputada
Lentamente – goelas em grito...
A cidade tem mais vozes
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