O escritor e poeta russo Ivan Turguêniev (1818-1883) e o nosso também poeta Renato Russo que me nego redatar sua morte por motivos-muitos, mostraram-nos através de suas obras homográficas e homófonas, entituladas "Pais e filhos", o primeiro com um romance sensacional em 1862, e o segundo com música histórica na MPB nos anos 80, algo que sempre esteve diante de nossos olhos, mas que não conseguimos enxergar, não fosse por eles. Os Poetas! O intenso e eterno conflito de gerações. A dos conservadores "Pais" e a dos jovens reformadores do mundo "filhos", que serão os próximos pais conservadores até então de um futuro "Niilista", palavra que foi criada pelo genial Turguêniev nesse seu belo romance e que foi amplamente disseminada pelo mundo, ganhando diversas definições de acordo com determinadas linhas de pensamento e na literatura "Basfond" da época. Pois o certo é que o verdadeiro sentido da palavra "Niilismo" usada por Turguêniev queria dizer que: ..."o homem que não se curva perante nenhuma autoridade". Modernamente histórico esse bordão ideogrâmico que virou "ficha de inscrição", foi atirado ao acaso e desconforto ignorante à revelia da grande história literária do século retrasado. E que nos dias de ontem, ainda não admitimos o significado de valores éticos e humanos entre Pais e Filhos, como sendo um artigo de fé em algum princípio raso ou mesmo rasurado pelo respeito que mereça. Talvez daí tenha vindo a nudez exposta pelas poesias sempre futuristas de Renato Russo em sua música e, Ivan Turguêniev em seu romance , com "Pais e Filhos"... E, essa nudez e mudez de valores que se repudiam entre si, nos dias de "hoje", só podem acabar quando dermos um novo sentido "Niilista" em nossa certidões de nascimento. E lá no pé da certidão estará escrito de próprio punho, por declaração de fé universal: ..."É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã"...
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