sexta-feira, 20 de março de 2015

A EROSÃO DE VALORES...

 
Gravura de Goya

 

A HUMANIDADE hoje vive numa escala alucinante de montanha russa abaixo, sua destruição de valores tradicionais.... Com a lógica da máxima capitalista de inovar, consumir e descartar, surgem os novos iphones das almas divorciadas de um velho mimeógrafo bêbado de shopingbenzina.... Há nesta metáfora mal metonimifóbica, uma impermanência de amor e liberdade, e de sexo e identidade. Se juntarmos essas conjunções de comodities pagãs com o preço secular que pagamos , com a etiqueta e código de barras falsificados pelas ganâncias generalizadas, veríamos que seria mais importante salvar o mundo primitivo de sua contemporaneidade burra com cinco dólares na mão de um índio, ou os mesmos cinco dinheiros na mão de um banqueiro no terceiro mundo? Qual deles investiria melhor em nossos valores lógicos de vida? Talvez nenhum deles.... Porque existem para mim nesta escala, duas lógicas quase platônicas. As lógicas do amor e do ódio. Estas essências são flutuantes nos mercados xenofóbicos das ilusões e no simbolismo dos medos... É mais fácil absorver um linchamento público moralista de uma torcedora superpostamente racista do que preparar-se para ver um show genial de um violinista anônimo de apenas 3 minutos de duração nas redes sociais. A notícia imbecilizada e destrutiva todos compartilham, curtem e outros desconstróem suas civilidades. Mas o futuro virtuoso compartilhável do músico, muito poucos...  No fundo parece já, que nos conformamos com essa essência que nos aprisiona de nós mesmos. Com nossa inacabada paixão de consumir o novo descartável. De repetir e fazer repetir o papagaio  da bisavó que, eu "atirei o pau no gato" e vou continuar atirando, até que esse "pau" deixe de ser religiosamente sagrado e consagrado pelo amor de um renovado valor. Livre para ser ... um ratinho da Disney desprezado e velho no Brazil!

 

Zé Augustho Marques

Nenhum comentário: