JOÃO GOMES DA SILVEIRA
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HOMENS DO MAR [487]
Arriscam-se do mar às altas vagas,
depois das casas irem madrugada,
lá onde o porto, dentre tantas fragas,
é pobre embarcação, fiel jangada.
Deles a faina rende pífias pagas,
mas é das ondas que magra mesada
os jangadeiros carpem grandes sagas,
para manter o lar e a filharada.
Noites e dias enfrentando os mares,
quando, felizes, essas velas voltam;
uma, contudo, sem seus tripulantes.
E sempre, com receio, vivem lares,
aqueles que os titãs às águas soltam,
no afã de bom regresso, o quanto antes.
Fort., 18/03/2014.
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www.recantodasletras.com.br/sonetos/4733709
no afã de bom regresso, o quanto antes.
Fort., 18/03/2014.
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