poesia É
A PERVERSÃO
DA PALAVRA EM GOZO E PECADO
É O PERIGO DE NÃO E DO NÃO DIZER DO DESEJO DE
PERIGAR LINHA AFORA
É RIMA PLÁSTICA E MELODIA
REPETIDA NUNCA VISTA
MAS OUVIDA NA MÁQUINA DE ESCREVER
COMO UM SELO DE CABEÇA VIRADA QUE RANGE
AO GOSTO DA COLA QUE DESABRE A CORRESPONDÊNCIA
É A DOR QUE MOVE A CRIANÇA A GRITAR PELO BRINQUEDO
MAIS ERRADO
É A CERTIDÃO DESCARTORIAL
DE BOM OUVINTE QUE NÃO SE VENDE NA ESQUINA DAS RUAS
MESMO COM AS ARMADILHAS DE UM BEIJO FASCISTA
A ERIJIR DO FUNDO DAS CALÇAS DE UM NAZISTA DE PÊNIS DE LÁPIS
PROCURANDO POR CLITÓRIS CARIMBADOS DE SEGREDOS BACTERIANOS
É SIM A POESIA UMA NUA ARQUIDIOCESE DE PELOS MIJADOS
TALVEZ NÃO UMA IGREJA DE TODOS OS BÊBADOS
QUE ILUMINA SUAS CARAS COM VITÓRIAS E SORRISOS TRISTES
É POESIA QUANDO GLÓBULOS BRANCOS MISTURAM-SE
COM GLÓBULOS SEM DESTINOS NAS VEIAS ERRADAS DE SANGUE BRANCO
AI POESIA ÉS PORQUE NÃO ÉS QUANDO VINDA
POIS ÉS QUANDO FINDA
EM DRUMMOND...............
ZÉ AUGUSTHO MARQUES
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