A sentar-se no banco do cinema, na parte da frente, pipoca sem dente,
olhar de floral a conta gotas que não chega, coisa que não é nada, se aluga ou
empresta ao SUS sua vaga que não chega, que nem o homem do lado que se cospe,
ao repasso das dores, onde o amor se prepara na janela do outro, passageiro de
filme de coisa a dois, tiro e culpa, assalto de maõs atadas, direitos humanos
recuspidos e, enlatados gays pendurados, no condomínio das muitas rodas de
borracha sem freio e pressas, depositadas na conta do perito, próximo ao IML
sem seguro nem nada, vãs e vãns, da fé nos trilhos retirados das ruas, ao passo
das fés de olarias com bocejos enlatados pela chegada ao fim da linha das leis
para pobres, como larvas ou sardinhas para terminar num rolézinho, de mais um
shopping proibitivo...
Zé Augustho Marques
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