Foto: Matisse fotografado por Cartier Bresson
O que sobra depois que
que se vai
a força dos cinzéis?
A obra?
Ou as críticas brandas
e os elogios cruéis?
O que sobra?
Quando não mais interessam
o nome dos coronéis
quando proeminente
é a solidão da flor;
que sobra?
O amor?
A beleza?
Depois que pele dobra
e a coluna curva
e estão todas as cartas à mesa?
sobra por acaso algum ocaso
além da noite escura.
sobram os sorrisos com candura
condescendência dos que não viveram
sobra a embriaguez da vida por inteiro.
Afinal,
O que é vinho
senão o tempo
matando a uva?
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Postado por ana kosby no alma ao avesso em 2/09/2012 11:41:00 AM
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