terça-feira, 3 de maio de 2011

...Reprisismo Revivalismo, Paisagismo...

                    
  A arte de Carlos Rosa
..." O artista precisa treinar não só seus olhos mas também sua alma." Este pensamento escrito de Wassily Kandinsky nos serve para declarar total audiência aos sinfonismos  perseguidos pelos pincéis do artista Carlos Rosa. Paisagista esfolado pelos treinos diários e professorais da observação dos caminhos. Pintor "sazão" que colhe as cores na época  certa da luz das  hortênsias, que parecem lencóis de poesia, pensados também pela meticulosa composição de Coubert e Seurat, sob técnicas em total paradigmas. Portanto, cada artista treina seus "olhos e sua alma." Tem sua técnica e tem seu tempo!  E, mais périplo no olhar, quando circunavega com a alma dos olhos de quem vê seu artificialismo enriquecedor, espumando na cor das ondas do mar que dançam sobre as pedras em contrastes de sombras e areias ad infinitum. Assim deve ser uma pintura de paisagem. Com originalidade e autenticidade. E não deve desaparecer jamais este "expertize" de contágio virótico de cores, produzido pela paleta do artista. É assim que se dá o processo de Carlos Rosa. Sempre sob um santuário de grandeza e conciliação imanentes das composições bem estudadas dos sóis, do nimbo, quando nuvem espessa e cinzenta, de baixa altitude a caminhar moderna como chuva leve pela tela. Seus caminhos verdes não desafiam a ordem das primaveras, mas certamente rompem com a complacência dos violinos sinfônicos que nos fazem crer e ouvir que por trás das paisagens há um catálogo de vidas batendo asas a serem incluídas na linha do horizonte marcando o compasso da luz... Pois bem sabemos, que em arte, todos os rótulos são imprecisos e todo elogio faz parte do arsenal Duchampiano, que muitas vezes mal interpretado, outrasvezes cínico, serve-nos de receptáculo e status para que não deixemos nunca de silenciar quando vemos uma paisagem. Seja bela, feia ou mundamente apocalíptica... As palavras aqui, são o meio mais rápido para poetizar a beleza por um longo "olhar de alma" à pintura de Carlos Rosa. Bem devagarinho até (...)... (e, complete a frase.)...

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