Começo por este
termo criado por Paul Souday que quer dizer, a teoria da utilidade, da
necessidade, da excelência da dor filosófica em que estamos mergulhados. Com
seu caráter ilegítimo e ilusório, assim como ao criticismo dessa dor espontânea
e não solidária, está seu dogmatismo de não duvidar da realidade atual e
involuntáriamente escolhida; determinando assim nova ordem intelectual. Hoje a
intelectualidade brasileira, trata seus fins em si, além de seus umbigos
despojados por piercings de domínio metafísico e que duvida da própria dúvida.
Sou ou não sou invencível? Sou triste pela dor que sinto ou sou dolorido por
esta tristeza que sinto? Pois quero chamar a atenção para esse dualismo social
e político corrompedor da evolução humana e do pensamento. Nossos intelectuais
estão comprometidos, com raríssimas excessões, e uma delas é o filósofo Pondè,
com as coisas do poder e suas dúvidas pseudodemocráticas de comunicação
duvidosa. Temo pela enunciação contraditória dos facebook's sempre duvidosos em
que se intrometem! O tempo é uma medida de duração do pensamento! Parece que
vivemos uma paranóia genéticodigital e intelectofobias na tecla revolucionista
do pensamento... A ordem de "atenção", está invertida e indica que
dúvida, hoje, é perturbação mental. E em arte, para nossos artistas, ruminação
de problemas metafísicos! A classe intelectual e artística está sendo jogada
aos micróbios dessa ausência do pensamento e ao teatro midiático do escrúpulo
de cestas básicas culposas... Sem a intenção de matar, com bêbadas atitudes de
se denunciar no bafômetro das rebeldias... A síndrome da ausência de dor ou
"dolorismo intelectual" está avançando perigosamente o sinal; pois sem
as funções do juízo e da vontade não se
faz resistência! Acordar não é o mesmo que concordar...
Zé Augustho
Marques
Comentário de João Gomes da Silveira:
Boa noite, caro filósofo.
Pelo afiado, contundente texto que acabo de ler, sem favor nenhum, aos seus dons de poeta e crítico de Artes também já lhe podemos acrescentar mais este qualificativo: filósofo.
Com língua de fogo, eis crítica mordaz à intelectualidade da qual o próprio amigo Zé Poesia, com muitos méritos, é parte integrante.
Bicho miúdo, que sou, só o mero cidadão do povo, leigo em tudo das profundezas mentais aí dissertadas, Deus me livre de retirar-lhe uma vírgula ou meter a colher na sapiência do seu belíssimo e escorreito ensaio.
Parabéns, hombre, o nosso mais surpreendente crítico - também - da filosofia social, e com bastante erudição.
Abraço, um carnaval de muita paz, ao lado dos seus familiares, poeta maior.
JG
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