quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Árvore em Soneto de Liceu


 

 

Sob teus galhos de flamboyant
flores sossegadas
vibram os cantos das cigarras.

Em louvores de alvoradas.
 

À tarde colcheias de passarinhos.
Árvore Maria, de preces aladas
na sombra amiga que sentamos
no cheiro das cascas esgarçadas.
 

Tu na voz vidente e formosa
desafia os ventos e rajadas.
És, pois às todas vias.
 

Às meiguices a casa mãe dos bichos
a balançar teus galhos
com a fonte das meninices.

 

Zé Augustho Marques

Comentários:
 
Epa!... Boa noite.
Duas construções indestrutíveis.

Morta, daqui a cem anos, a árvore
ainda estará na foto.

E o soneto, de muita sensibilidade,
eterno será. Belezura!
Tenho um que fala do meu velho
Liceu do Ceará, longe da beleza
e da simbologia do seu.

A ilustração com esse vegetal
é algo ciclópico.

Abraço, caro poeta maior,
muita paz, ao lado dos seus.

João Gomes

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Que coisa mais linda, Zé!
Poesia linda, coisas que quase não lê mais hoje em dia!
Obrigada por partilhar tanta belezura!
Bj
Silvia Abreu 

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