A DEMÊNCIA DO
BOXEADOR [516]
por João Gomes
da Silveira
Ídolo, ontem,
tigre e grande atleta,
no boxe pelo
público aclamado;
hoje, num leito
de hospital vegeta
o ex-campeão,
enfim, nocauteado.
Pelos ossos do
ofício esclerosado,
inda varão Maguila
sai da reta;
primeiro, pelos
golpes machucado,
depois já pelo
Alzheimer que o deleta.
Na vida ativa,
fora o combatente,
senão perfeito,
mas de tantas glórias;
no ringue, o
bravo, o baita vencedor.
Do velho ás,
agora tão doente,
sequer ninguém
relembra das vitórias
– e o solitário
fina-se, em torpor.
Fort.,
16/07/2014.
sequer ninguém relembra das vitórias
– e o solitário fina-se, em torpor.
Fort., 16/07/2014.
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