quinta-feira, 19 de junho de 2014

A COPA É DAS LETRAS E DA ARTE

Matéria na integra no portal R7
Caderno de Sábado 14-junho
 
 
 
 










 
 
 
 
 
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CRAQUES INESQUECÍVEIS DA CULTURA HOLANDESA
 
A Holanda é uma grande potência mundial nos campos do futebol, das artes e da cultura. A variada arte-clássica e contemporânea de seus museus, nos leva a crer que seu povo exerce um fascínio por sua história, especialmente exposta pelos séculos XVI até XVIII. A maior coleção de arte do mundo de Piet Mondrian está viva num histórico prédio Art Decot em Haia. Na arquitetura existe um antiquíssimo relacionamento de seu povo com as linhas marcantes e de beleza polioculares. Incapaz de olhar circularmente para dentro de si; esse país deixa para o mundo um espaço entre aberto de onze molduras para grandes craques de sua cultura, presente como legado artístico que começa com o genial Rembrandt van Rijn que nasceu em 15.07.1606 em Leida e morre em Amsterdã em 04.10.1669. Considerado por muitos mestres das belas artes, como o maior artista plástico de todos os tempos e o mais importante da história holandesa. Surgiu no período do "século de ouro dos Países Baixos", onde a ciência e a cultura atingiram seu ápice. Chamado de "profeta da civilização’, foi professor de quase todos os importantes pintores holandeses. Conhecedor exímio da iconografia europeia, mestre da luz, e composição perfeccionista em seus autorretratos e retratos, poetizou a vida social de seu tempo. Na segunda moldura colocamos Johannes Vermeer,"o mestre da luz", quase fotorrealista e inequívoco ao detalhe, que nasceu em Delft em 31.10.1632 e morreu muito pobre em 15.12.1675. Sua grandiosidade como pintor só foi reconhecida em 1866 pelo historiador de arte Theóphile Thoré. Vermeer pintou (+-) 70 trabalhos, o suficiente para mostrar ao mundo sua genialidade com as cores lápis lazúli e amarelo indiano, além de utilizar-se das técnicas de espelhos curvos, câmara escura e clara. Pintou a famosa tela "Moça com Brinco de Pérola”. Na terceira moldura de craque está Vincent Van Gogh que nasceu em 30.03.1853 em Zundert, Países Baixos e que foi celestial na pintura de suas obras e infausto em sua vida. Entre 1886 e 1887 matricula-se na École des Art Beaux  da Antuérpia e conhece Paul Gauguin com quem irá morar em 1888 e manter uma amizade quase esquizofrênica culminada com uma briga sombria, onde o seu sentimento de culpa o levará a cortar a própria orelha com uma navalha e a enviará a Raquel, uma prostituta com quem mantinha relações de amizade e prazer... Após duas semanas voltará a “casa amarela” e pintará seu famoso autorretrato com a orelha cortada. À partir daí suas pinceladas mudariam conforme sua mudança psicológica, trocando as pontilhadas por pequenas e nervosas, mas que continuariam solares de amarelos e calor. O vício pelo absintho vai acusar sintomas graves de paranoia e passará a viver em hospital psiquiátrico até maio 1890. Muda-se então para perto de Paris e do irmão Théo com quem intensifica suas “célebres cartas” e convívio. Passa a tratar-se com o Dr. Gachet a quem pintou. Em 27.07.1890 depois de obsessivas semanas pintando, uma tela por dia em média, Vincent dispara um tiro contra seu peito, morrendo dois dias depois nos braços de Théo onde declara: “A tristeza durará para sempre”... Tristeza que em parte, acompanha a vida de nosso quarto craque na moldura da filosofia: Baruch de Espinoza. Nascido em 24.11.1632 em Amsterdã, foi grande pensador da escola racionalista. Descendente de judeus, aprendeu a língua hebraica, mas suas ideias consideradas nocivas pelos teólogos da época lhe renderam a pecha de blasfemador. Afastado pela sinagoga de Amsterdã, foi deserdado pela família e sobreviveu polindo lentes para lunetas. Viveu boa parte da vida no ostracismo e só no século XX seu criticismo bíblico moderno ganharia reconhecimento e fama. Seu livro “Tratado Teólogo-Político” foi publicado anonimamente. Morreu tuberculoso em 21.02.1677 em Haia. Na quinta moldura o poeta e crítico Martinus Nijhoff nascido em 20.04.1894 em Haia está como craque romântico de várias revistas literárias e livros e, vai durante seu esplendor poético driblar sentimentos de isolamento descontrolados, suicídio espiritual e demoníaco, coloquialismos de extremo virtuosismo e forma gramatical, levando-o ao pedestal dos mais importantes poetas do século XX na Europa. Morre em 26-01-1953.  O craque nº6, Franz Post, chega ao Brasil em 1637 com a comitiva do Conde Maurício de Nassau e pinta os primeiros registros da paisagem do Recife e os costumes do Brasil Colonial. Nascido em Leida em 01-06-1612 e falecido em Harlem em 1680.E O Camisa 7 é Lawrence Alma Tadema, nascido em Dronrijp em 08-01-1836 e falecido em Wiesbaden 25-06-1912.  Pintor clássico, se tornou famoso por descrições de luxo e decadência do Império Romano. Mestre de figuras lânguidas e dos interiores marmoreados de azul-mar-mediterrâneo, Alma-Tadema foi pesquisador incansável do tema “Merovíngeos” e cenas egípcias. Na 8ª moldura está o mestre da plasticidade fantástica: Jheronimus Bosch, que nasceu em 1450 em Hertogen Bosch e morre em 09.08.1516(...) O nome verdadeiro era J.van Aken, perseguido pela Inquisição por dedicar-se às ciências ocultas. Refinado desenhista e colorista, criou composições incrivelmente fantásticas e dramáticas com tonalidades que fremiam sátiras da alma e moral humana medieval. Influenciou o surrealismo de Max Ernst e Dali. O nº9 é Pieter Bruegel que nasce em 1525 em Breda. Pintor, escultor, decorador de vitrais e arquiteto, foi um dos mais representativos artistas flamengos do período cinquecento do Renascimento. Em 1555 passa a dedicar-se a temas satíricos e moralistas influenciado por Bosch. Morre no auge de sua produtividade artística em 09.09.1569. O craque camisa 10, vem na moldura como maestro desse time: André Rieu, regendo harmonias clássicas, eruditas e populares com seu violino sob os holofotes da poética de holters. Nasceu em 01-l0-1949 em Maastrich. Completando o time vem Theodorus van Gogh, nascido em Haia em 23-07-57. Cineasta de postura crítica e instigante, bisneto de Théo( irmão de Van Gogh) recebeu o OSCAR holandes do cinema em 1997 com o filme ”No interesse do estado”. Sua última película, “Submissão”, faz críticas severas ao Islã, denunciando a realidade da mulher islâmica, submetida a todo o tipo de violência e incesto. Na estreia em 2004, recebe ameaças de morte, que se confirma em 02.11 do mesmo ano.
 

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