Às vezes fico
pensando que a morte da pintura está mesmo próxima. Demais. Toda essa nova
pintura, sem desenho, partícipe do não tem início, meio e fim, partem de uma
mentalização anacrônica e copista de si mesma. Salve os silvos de exceção.
Percebe-se que a máscara do lobo não traz a familiaridade que se tem com os
tres porquinhos... Toda atmosfera dessa arte "contemporânea", carrega
uma força de evocação tão abrangente em seus códigos abstratos, onde o outro,
ou o eu, possa encontrar um pouco de si, que o meu si mesmo, deixa de ser
insrumento gramatical e preposicional, ou seja,posto antes de ser arte, antes
mesmo de ser contemporâneo ou atual. Se lá no Houaiss diz que contemporâneo é o
que é da mesma época; o que é atual, então eu posso contemporizar que toda arte
desde os tempos,das cavernas, é contemporânea! Então, esse continuismo
contemporâneo de apeans algumas poucas décadas que bate continência aos seus
adjacentes e eventuais artistas, deve estar no mínimo contextualmente
contestando sua validade de contradizer-se na réplica de seu conteúdo,
contigenciado ou aquinhoado pela mídia burra! Que espetáculo de contextura
arteteatral que vivemos , nessa
contemporaneidade continente cercada de oceanos de dúvidas e respostas
irressarcíveis... Não sei até quando?
foto-textoZé Augustho Marques
Nenhum comentário:
Postar um comentário