Por volta desses anos últimos, nosso prazer e nosso algoz está na língua e na linguagem, educadas pelas mídias globais e bispais como se fossem um jogo, que convence pela persuasão visual e pelo ordenamento legitimado por forças eróticas e libidinais... Uma indústria bélica onde as armas são linguas que beijam, que falam, que mentem, que potencializam culturas já desculturalizadas e que invertem até parágrafos jurídicos e constitucionais! Linguas puras e autorreferentes que as novelas da Globo impõem aos já anagramáticos personagens que são, até gostosos, de se ver... Lingua que estremece sobre si mesma entre mentiras e mentirões, com um desprazer perverso quando Gilmar Mendes, Lula e Jobim protagonizaram dizquemedisseses... Dirão ou diriam Barthes, Deleuze, Morin ou Platão, que a lingua enfrenta a linguagem como se as duas fossem mocinhas de um filme de ação e aventura, brigando pelo mesmo mocinho, mas já cansado e brocha dessas literaturas, reduzidas ao banal?..
texto e imagens - Zé Augustho Marques
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