sexta-feira, 21 de agosto de 2015

LE SPECTATEUR, SPECTATOR, ESPECTADOR COM PAU DE SELF...

 
imagem exclusiva de Fernando Baril
 
 
Ao estabelecer esta analogia entre o perfil das artes plásticas atuais e seu "duplo" museologístico de selfie sem e com pau, quero dizer que vou tentar me colocar, sempre, neste texto, como uma criança astuta e um estudante pirata de papagaio de artes plásticas atualizada...  Já me desculpando pela isonomia do espelhamento jurídico e judicialista dos que se sentirem ofendidos por este preâmbulo, digo que parece ostensivamente que a atualidade conectada para a difusão das artes comtemporâneas aqui e em parte do planeta, lidam com o simulacro de "oráculos" discrepantemente conceituais e, encontrados dentro de uma moldura art'afundeau ou afundou?...  Ambas olham para o espelho do mesmo ângulo apresar de serem imagem e movimento de coisas quelquechouse não são nada mais de que uma pintura  assimilada sem a passagem de seu tempo e que esta mesma pintura, tenha que esclarecer-se para o desenho escrito, que ela, é uma modelo de si e não contemporânea desse espelho que explica que  um dia, já foi seu ego de reconhecimento artístico! É mais ou menos dizer para Matisse que ele pintou uma natureza morta, num dia, em que hoje, esta natureza é a sua contemporaneidade alterada para "frutas em video refletorizado para o ceticismo do belo"...  Deu prá entender? Pois vou adiante como uma criança astuta ...    Quando uma criança vê arte no Museu ou na galeria, ou ainda na TV e WEB’S, ela quer ver espetáculo! Quer ver desenhos fantásticos; quer ver cores como em “Avatar”; quer ver grandes mestres e aprender com a fotografia, com a imagem plástica; com o lúdico; com o vínculo humano, inclinado para o belo! E tenho certeza que quando vê, exemplo, em uma dessas “Bienais”, uma caixa de papelão e mais cem caixas apropriadamente por cima ou por baixo uma da outra, com vários guardas e monitores a cuidar da obra e explicando-as, esta criança torna-se um aparato dessa imutabilidade plasticista e bélica, movendo-se frustrada por “seu olhar” que nada vê, somente o futuro sem narrativa, sem trama, sem ritmo, sem poesia... Ao passo que um estudante de arte “contemporânica”, emoldurado por seu duplo, desarmado pelo medo da opinião, vê as mesmas caixas de papelão, como uma Babel autorrepresentativa e gestos repetitivos dessa “imutabilidade” infantil, gerando-lhe gametas e hormônios cerebrais com narrativas, com tramas, com ritmos e com poesia virtual de pura e indubitável dúvida do nada que viu...O mesmo nada, que a criança astuta, só que com texto chacoalhador makes with a repetitive movements. Deu para entender a analogia do colapso contemporâneo¿  Pois  ,pois , tentei me sujeitar ao duplo prazer de escrever como um poeta voyeurista, fazendo desse espelho um pau de self para fotografar a cara dessa arte que vivemos, num posicionamento submisso ante a câmera, que está levemente virada para minhas costas.
 
Zé Augustho Marques

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