domingo, 31 de julho de 2011

Affonso Romano

Ze da Ieda: obrigado mais uma vez, o casal é casado até na simpatia e gentilezas. EStar com vocês foi recreio,um alento nessa vida literária as vezes tão perversa. Dei uma olhada no blog, claro, vi o que publicou.
E daqui a pouco volta para ver e rever vocês, grato,ars

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Na Escadaria


Foto foi tirada na entrada do Palácio da Liberdade, na manhã do dia 12 de julho, após reunião em que o Governo de Minas agregou cerca vinte mineiros (de fora e de dentro do Estado) para trocarem ideias com o governador Anastasia sobre como dar um novo impulso na administração do Estado.
Aí estão Ziraldo, Andrea Neves, ARS, Tadeu Barreto, José Murilo de Carvalho... e logo dezenas de outros ali se assentaram. Estavam presentes o Giovani do vôlei, o estilista Ronaldo Fraga e o cantor Samuel Rosa e dezenas de empresários e outros artistas e intelectuais


NOS DEGRAUS DO PALÁCIO

Assentei-me num dos degraus da entrada do Palácio da Liberdade. José Murilo de Carvalho- esse notável historiador, estava em pé, e lhe disse:-Senta que isto também é história. Ele assentou. Vínhamos de uma intensa reunião lá dentro. Sentar na escada, sobretudo de um palácio, é uma temeridade. Apareceu Ziraldo e foi alegremente se ajeitando no degrau. Daí a pouco apareceu Tadeu Barreto, responsável pelas estratégias do governo Anastasia, e se assentou. E Andréa Neves com sua inquieta criatividade, também se assentou conosco. Não sei se o Giovani Gavio, que jogou 414 vezes pela seleção de vôlei estava ali nos degraus, nem quantos éramos naquela manhã de sol, quando até Álvaro Teixeira da Costa dos Diários Associados, convocado, uniu-se à assembléia dos que sentados na entrada do Palácio?

Bem, nessas alturas eram também inúmeros os fotógrafos e cinegrafistas que nos flagravam como um bando de colegiais no dia da formatura, simplesmente sentados nos degraus de entrada do Palacio. Quem passasse ao largo, talvez achasse estranho aquelas pessoas ali. Não mendigávamos. Ao contrario, estávamos ali para dar, para oferecer, para contribuir para um novo plano estratégico que integrasse ainda mais governo e sociedade.

Aquele era um bando de sonhadores inveterados. Não é à toa que entre empresários e administradores ali estivessem, por exemplo, também o estilista Ronaldo Fraga, o cantor Samuel Rosa do" Shank ", Fernando Brant, Teresa Santos e Ângelo Machado.

Durante um seminário informal, lá dentro do palácio, havíamos ouvido as pesquisas feitas por Carla Manyuni sobre: com que sonha hoje o jovem brasileiro? Não é de hoje que se tenta dar concretude aos nossos sonhos. Durante a ditadura propus que se criasse o Ministério dos Sonhos, para saber o que queria o povo brasileiro, pois o DOPS e SNI não davam conta disto.

Enquanto a Europa, em crise, treme nas bases, enquanto os EUA perdem terreno para China, o Brasil vive, apesar da corrupção e da violência, um momento raro de esperança. Minas tem um papel especial nisto. Não apenas porque ajudou a forjar o passado da nação, mas porque tem agora condições excepcionais para sonhar o futuroangela.

Afinal, é preciso sonhar para que o real se realize.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Affonso Romano da poesia está entre nós

                        
                         Zé Augustho, Affonso Romano e Rosane Scherer
                         Zé Augustho e Affonso Romano
                                Zé Augustho e Cláudia Gonçalves
                                Grupo de poetas e artistas presentes no
                                 lançamento do Jornal Porto Poesia
                               Ieda Cabrera e Affonso Romano

Fotos:Rosane Scherer,Pedro Mazzan e Ju Vieira

terça-feira, 26 de julho de 2011

Por falar em antropofagia

Affonso Romano de Sant’Anna



         A FLIP deste ano escolheu fazer uma homenagem a Oswald de Andrade e à antropofagia. É merecida a lembrança de um dos ícones da Semana de Arte Moderna. Chamaram até Antônio Cândido, 92 anos, para fazer um depoimento. O mestre da USP que conviveu com Oswald, é um dos raros casos de  equilíbrio crítico sobre o autor de “João Miramar”. Consegue, afetuosamente, ver seus defeitos e virtudes. Liquida logo aquela ideia de que Oswald era um pensador, um “filósofo”. Na década de 50, desaconselhou o poeta a candidatar-se à cátedra de filosofia, pois não  via nele um  pensamento conseqüente, apenas intuições mais ou menos luminosas.  Como Oswald mesmo confessaria no seu diário, era um “bricoleur da cultura”. Portanto, esta deveria ser também uma oportunidade para se rever a obra e o pensamento daquele que causou certo furor em  algumas tribos nacionais.

         Fazer isto não desmerece necessariamente as pessoas, mas esclarece a história. Heitor Martins, por exemplo, já em 1968 escrevia um ensaio em que mostrava que  a ideia da antropofagia de Oswald era tributária dos vanguardistas europeus. Marinetti e Picabia trabalharam essa metáfora. Oswald foi várias vezes à Europa e conviveu com os vanguardistas. O “Manifesto Canibal” de Francis Picabia é de 1920.

         Portanto, o  movimento que alguns pensam ser essencialmente brasileiro, não o era. E possivelmente Oswald nunca viu  um índio, ao contrario de Mário de Andrade que, numa carta a Manuel Bandeira dizia que Oswald “se preocupa em fundar escolas e propagar novidades que não são dele”.

         Que a teoria da antropofagia tem um certo charme, isto tem. Um belo marketing. No passado dei muita aula sobre isto e o assunto me seduz tanto que fiz um livro- “O canibalismo amoroso”.  Para usar a metáfora canibal,  eu diria que Oswald deve ser devorado, não adorado. E quando a gente se banqueteia ou come algo, tem sempre umas partes indeglutíveis.

         A teoria da antropofagia que seduziu  alguns tribos locais não resiste à uma análise nem aos fatos. Foi curiosa há cem anos. Sobre ser  característica universal e não especificamente brasileira, hoje com a globalização estamos todos sendo devorados, índios e civilizados.

         Lembro-me de ter recebido a visita de Haroldo de Campos em Los Angeles nos anos 60. Um dia, num restaurante em Westwood, ele, que era siderado na teoria da antropofagia, me disse que estava perplexo ao constatar como os americanos, mais que os brasileiros, devoravam todas as culturas.

         Andei relendo umas coisas sobre Oswald/Antropofagia. E acho que esse assunto tem que ser revisto. Li o diário que ele escreveu nos  últimos anos de vida. É melancólico e sincero. Tem lá coisas engraçadas: Antonio Cândido não foi convidado para ouvir Neruda recitando poemas, porque era considerado, pelos stalinistas, um trotskista.

         Lembrei-me que nos anos 70, Marília, filha de Oswald, lecionava  na PUC/RJ e disponibilizou o material inédito e rascunhos que estavam em algumas caixas em sua casa. Fizemos uma histórica exposição. Mas havia qualquer coisa de triste naqueles papéis desamparados.  Oswaldo, dispersivo nos amores e criações, não era um colecionador narcisista.

         Oswald não era o grande poeta,que alguns dizem ser, mas um captador de “roteiros”, um agitador, um gênio fecundante que fazia um par de opostos com Mário de Andrade. Curiosamente ele gostava de Catulo da Paixão e cita Cassiano Ricardo como grande poeta brasileiro e silencia sobre Drummond ou Cabral.

         Mas a coisa intrigante no famoso “Manifesto da Antropofagia “ escrito em 1928 é a data: “Em Piratininga, Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha”. Parece equivocada, pois sendo o aludido bispo devorado em 1556, teria que ser 372 e não 374. Mas há outra questão intrigante: não há provas de que os índios caetés tenham devorado o religioso. Há quem diga que foram os tupinambás. Mas outros sustentam que o bispo nem foi devorado, que o seu sumiço   foi resultado de um conflito de terras. O fato é que depois que se espalhou que os caetés tinham cometido aquela atrocidade, os brancos tomaram suas férteis terras. Ou seja, os brancos é que devoraram os índios.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Memória Cultural

                         
                              Cartaz de publicidade do meu 1º livro de poesias
                              (em 1989 ) 22anos atrás

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Salvem a contemporaneidade

A produção artística comtemporânea no mundo e principalmente no Brasil de hoje, manifesa de modo agudo transformações estético e contemplativas que se abeiram à confusão caótica da vida social e suas redes twittbigbrotheres... Passam de comercial em comercial por testes de paternidades e de fidelidades nas redes de TV e nos segundos caderrnos dos jornais. Todo mundo é o pai da "criança" performática;  da 1ª aberrração ilusionista; da exclusividade do Bizarro ou ainda da fotografia que escorre sangue ou merda!Mas ninguém assume a primeira chupada na teta da vaca das "Divinas Tetas" ministeriais ou federal... Todos são artífices renovadores do passado com seus suportes selecionados pelos curadores, confrades e aspirantes a Bufões da comunicação! Todos, novamente mais importantes que os artistas e a própria manifestação artística contemporânea. Contemporaneidade esta, autorizada por Duchamp e fragmentada pela estranhice dessas interdiciplinaridades inventadas pelos chutômeros dos aproveitadores politizados dessa própria atividade midiática de vender o "escurismo" neo fascista e radical da concreta crise, já mergulhada no sepaatismo intelectual desse excesso de informação. E Duchamp, artista contemporâneo mal compreendido (...) é hoje um paspatour mal colocado nesta moldura que nos separa do Iluminismo, ou do Renascentismo; Realismo; Impressionismo e, desse pós vanguardismo esperencial que separa o artista de sua verdadeira identidade e da sua arte que caminha apartada pela palavra contemporaneidade com síndrome de apreensão pelo futuro...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Meia-Noite em Paris


                         É um filme de Arte com a radiância das cores da Paris poética
                           e suas ruas em eterno trottoir de sonhos e fantasia.
                           Realismo mágico, Iluminismo, Renascentismo e a Belle Èpoque
                           misturam-se ao beleletrismo da alma. Imperdível

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Drummond Pensador


...O que fazes aí sentado Drummond?

Com esse privilégio de sorrisos para dentro de ti

 E de outros...

Deves diafragmamente estar alfabetizando

algum tédio geométrico

no jardim desta sala.

 Bem que eu gostaria de sentar-me neste tapete

de Aladim, contigo e tua família

de coisas que conversam com os cisnes negros

e as folhas brancas quase biblícas...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Estudo para poses de mulher nº 12



                         A ruiva na janela
                         Uma mistura
                         da poesia de Homero
                         com o oxigênio de Lavoisier

domingo, 17 de julho de 2011

Madona Edward Münch

                         Em seu segredo de sol
                         sómente existe esta sua
                         lembrança sem lençóis...
                         Sempre mentindo a hora
                         da saliva maculada
                         que não quer secar

sexta-feira, 15 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Arte no Foyer do Thetro São Pedro


                         Zé Augustho Marques e Eva Sopher
                         Gilberto Perin e Zé Augustho Marques
                         Graça Garcia, Gilberto Perin e Eva Sopher


                            Fotos Graça Garcia e Zé Augustho Marques

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Efeito de Sentidos


                         Aqui o abstrato é efeito de sentidos.
                         O amarelo é luz vocálica
                         e o vermelho é  sombra aguda
                         de arte que grita na difusa percepção
                         reconstruída na alma e na tela...
                             (Pintura de Roseli Deon)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bicicleta e Nú



                         Existe a impossibilidade de definir, o quê da bicicleta
                         e o quê da semelhança feminina com o nú,
                         na impressão da luz.
                         Bicicleta e nú formariam no trabalho de arte de Graciela
                         um curta metragem de François Truffaut com a visão
                         semiótica de Roland Barthes...
                         Não há como limitar o belo quando poesia!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Que Rei Sou Eu?

                   

"Se tivesse que dar nomes reais" com sobrenome e tudo aos personagens da tragédia mais curta de Shakespeare , Macbeth, onde a nobreza escocesa da época fazia de tudo para alcançar e dominar o poder, assaltando o estado, aparelhando a máquina com bolsas disso e bolsas daquilo... Ufa! Não saberia por onde terminar! São tantos! Vamos lá então: - Quem seria o Rei? Mais ou menos uns 50 nomes! Então, quem seria Lady Macbeth? Também mais ou menos 50 nomes... Que Brasilzinho mais parecidinho com a Escócia! William Shakespeare nas novelas da Globo e da Record ocuparia todos os horários... Durante mais 446 anos! Líquido e certo.